O Strava divulgou seu 12º Relatório Anual de Tendências do Ano no Esporte, confirmando o que já era visível nas ruas e trilhas: 2025 foi o ano do ciclismo. Movida por 180 milhões de usuários ativos em 185 países, a plataforma registrou um crescimento recorde no número de ciclistas, atividades e interações — impulsionado principalmente pela Geração Z e por mercados emergentes como o Brasil.
O relatório analisou bilhões de atividades e respostas de mais de 30 mil atletas, revelando mudanças no comportamento esportivo, expansão das viagens ativas, crescimento de clubes e o avanço das tecnologias de IA aplicadas ao ciclismo.
Ciclismo domina o Strava em 2025: mais atletas, mais rotas e maior conectividade
A bicicleta — seja na estrada, no MTB, no gravel ou no deslocamento urbano — se consolidou como uma das modalidades mais registradas no Strava. Houve aumento expressivo na criação de clubes, na disputa por segmentos e no volume de rotas geradas por inteligência artificial.
Principais tendências do ciclismo em 2025
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O ciclismo permaneceu entre as modalidades mais registradas globalmente.
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Os clubes de ciclismo cresceram 3,5 vezes, impulsionados por treinos coletivos e pela busca por comunidade.
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O recurso Rotas, alimentado por IA e dados da comunidade, criou uma nova rota a cada 19 segundos.
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Garmin, Apple Watch e COROS seguiram como dispositivos favoritos dos ciclistas.
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O uso de sensores, medidores de potência e wearables cresceu acima da média.
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No Brasil, 89% das atividades foram registradas pelo celular, reforçando o Strava como ferramenta central do ciclismo nacional.
Brasil em destaque: São Paulo domina rankings globais do Strava
O relatório situou o Brasil como um dos países com maior atividade ciclística da plataforma. São Paulo, especialmente, conquistou reconhecimento global graças à alta demanda por pedal urbano e rotas de performance.
Destaques brasileiros
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A Ciclovia Rio Pinheiros registrou os três segmentos mais tentados do país.
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O segmento Hebraica–Rebouças × Cidade Jardim ficou em 2º lugar no ranking mundial de tentativas.
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A capital paulista demonstrou equilíbrio entre ciclismo de performance, deslocamento e lazer.
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Clubes de bike e grupos de treino cresceram de forma explosiva, reforçando a bicicleta como ferramenta de socialização.
Geração Z impulsiona o pedal: treinos curtos, rotina ativa e menos telas
A Geração Z redefiniu a forma como se pedala. Para os jovens, a bicicleta se tornou ferramenta de mobilidade, exercício, socialização e até relacionamento.
Comportamento da Gen Z no Strava
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Crescimento de pedaladas rápidas e urbanas.
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Maior investimento em sensores, iluminação, capacetes smart e acessórios de segurança.
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Clubes de ciclismo se tornaram espaços de construção de redes sociais reais.
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39% mais Gen Z que Gen X disseram usar o esporte para conhecer novas pessoas.
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Mesmo com inflação, os jovens continuaram priorizando upgrades de bikes e experiências ao ar livre.
Viagens sobre duas rodas: turismo de bike se torna tendência global
A bicicleta entrou de vez na bagagem dos atletas. A Geração Z normalizou treinos durante as férias e viagens dedicadas ao pedal.
Tendências do ciclismo em viagens
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23% mais Gen Z do que Gen X consideram treinar nas férias “não negociável”.
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Cresceu o turismo doméstico, com ciclistas explorando trilhas, parques e trechos de gravel locais.
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Em viagens internacionais, houve busca por montanhas, neve e rotas com ganho de elevação — excelentes para treinos de força.
Tecnologia e IA aceleram a evolução do ciclismo
2025 marcou uma virada tecnológica. A IA passou a fazer parte do planejamento dos treinos, análise de dados e criação de rotas.
Inovações mais usadas
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46% dos atletas afirmaram que usariam IA como treinador.
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O Strava ampliou o recurso Athlete Intelligence, ajudando ciclistas a entender recuperação e volume ideal de treino.
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Apps como o Runna aumentaram o uso de IA para personalizar treinos de resistência — úteis para provas longas.
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Sexta-feira se consolidou como o dia oficial de recuperação, com menos treinos intensos registrados.
Onde se pedala mais rápido, mais cedo e mais tarde no mundo
Global
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Copenhague foi a área metropolitana com os ciclistas mais rápidos.
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Yogyakarta (Indonésia) dominou os treinos ao nascer do sol.
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Seul registrou maior volume de pedal noturno.
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Regiões extremas como Ilhas Riau e Grande Reykjavík mostraram que nem calor intenso nem frio rigoroso impedem os treinos.
Brasil
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Enquanto o RS liderou na corrida, São Paulo foi o estado mais rápido no ciclismo.
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Clubes multiplicaram encontros presenciais e ajudaram a criar novas rotas populares no Strava.
Sobre o Strava
Com mais de 180 milhões de atletas e 12 bilhões de atividades registradas, o Strava é hoje a maior plataforma esportiva do mundo. A comunidade reúne quase 1 milhão de clubes e compartilha mais de 12 milhões de fotos e vídeos por semana — consolidando o app como referência em performance, socialização e descoberta de experiências esportivas.
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Fontes:
- Strava — Year In Sport Report 2025 (Relatório oficial)
- Notícias e análises do portal CyclingTips (arquivo de dados sobre uso do Strava)

