A 80.ª edição da Vuelta iniciou sábado, 23 de agosto, em Turim (Itália) e termina domingo, 14 de setembro, em Madrid, após 21 etapas e 3.151 km. É um percurso internacional — Itália, França, Andorra e Espanha — com contrarrelógio por equipes (etapa 5), crono individual (etapa 18) e finais em alta altitude como L’Angliru, La Farrapona e Bola del Mundo.
    A primeira semana “a sério” da Vuelta 2025 condensa decisões em três frentes: contrarrelógio por equipes em Figueres (quarta), duas chegadas em alto seguidas nos Pirenéus (quinta e sexta) e final em subida para Valdezcaray (domingo), com uma etapa plana em Zaragoza a separar a montanha. Eis o que esperar e onde podem abrir‑se diferenças.

Quarta (27/08) — Etapa 5: Figueres > Figueres, 24,1 km (TT)

    Primeiro grande exame coletivo. Contrarrelógio por equipas, 24,1 km, percurso praticamente plano e com ganho altimétrico residual: cenário para blocos bem sincronizados e com bons roladores marcarem o ritmo da classificação geral. Pequenas falhas de coordenação aqui pagam‑se caro.

Quinta (28/08) — Etapa 6: Olot > Pal (Andorra), 170,3 km (Montanha)

    Primeira chegada em alto da edição. A corrida entra em Andorra via Collada de Toses (24,3 km a 3,5%), passa por La Comella (4,2 km a 8%) e decide‑se na subida a Pal (9,6 km a 6,3%, final a ~1900 m). É o primeiro termômetro real dos candidatos à geral.

Sexta (29/08) — Etapa 7: Andorra la Vella > Cerler (Huesca), 188 km (Montanha)

    Segundo dia seguido em altitude e com desnível total de 4.211 m. Menu com Port del Cantó (24,7 km a 4,4%), Creu de Perves (5,7 km a 6,3%), La Espina (7,1 km a 5,5%) e final em Cerler (12,1 km a 5,8%). Fundo físico, gestão de equipa e posicionamento contam tanto como a explosão.

Sábado (30/08) — Etapa 8: Monzón Templario > Zaragoza, 163,5 km (Plana)

    Janela para sprinters e equipas de sprint voltarem à dianteira após dois dias de montanha. Dia para repor energias entre favoritos — sem distracções de posicionamento nos quilómetros finais.

Domingo (31/08) — Etapa 9: Alfaro > Estación de esquí de Valdezcaray, 195,5 km (acidentada, final em alto)

    Longo “plano espanhol” até à rampa decisiva para Valdezcaray: chegada em subida que, pela regularidade, favorece trepadores potentes e clássicos fortes em terceira semana, mesmo tratando‑se ainda da primeira.
Referência: 13,2 km a ~5% de média na ascensão final. Segunda‑feira é dia de descanso (Pamplona).
  • Semana 1
    • Sáb 23/08 – Et.1: Turim (Reggia di Venaria) → Novara — 186,1 km
    • Dom 24/08 – Et.2: Alba → Limone Piemonte — 159,6 km
    • Seg 25/08 – Et.3: San Maurizio Canavese → Ceres — 134,6 km
    • Ter 26/08 – Et.4: Susa (ITA) → Voiron (FRA) — 206,7 km
    • Qua 27/08 – Et.5: Figueres (TTT) — 24,1 km
    • Qui 28/08 – Et.6: Olot → Pal (Andorra) — 170,3 km
    • Sex 29/08 – Et.7: Andorra la Vella → Cerler (Huesca) — 188,0 km
    • Sáb 30/08 – Et.8: Monzón Templario → Zaragoza — 163,5 km
    • Dom 31/08 – Et.9: Alfaro → Valdezcaray (estação de esqui) — 195,5 km
    • Seg 01/09: Descanso (Pamplona)
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