Martín Vidaurre fala sobre o contrato que marcou seu caminho de campeão Sub-23 a figura da elite
Vidaurre foi campeão do mundo Sub-23 em 2021 e deu o salto para a categoria elite em 2023. Desde então, não fez mais do que crescer como um dos grandes nomes do XCO internacional. Este mesmo ano, na Copa do Mundo do Brasil, conseguiu subir ao pódio XCO nas duas primeiras rodadas: foi terceiro na inaugural e segundo na seguinte. Resultados que certificam sua maturidade esportiva e sua capacidade de competir com os melhores.Em 2022, sua contratação pela Specialized Factory Racing foi um dos movimentos mais destacados do mercado. Durante meses se especulou sobre a possibilidade de ele se juntar à SCOTT-SRAM, ao lado de Nino Schurter, mas acabou optando por outra direção. Agora, graças a uma série de entrevistas pessoais, conhecemos melhor como esse caminho foi traçado.
Como ele mesmo relata, tudo começou em 2018 durante sua primeira participação em uma Copa do Mundo Sub-23. Naquela época, competiu como convidado da equipe alemã Lexware Mountainbike Team, uma formação satélite da SCOTT. Naquele dia, conquistou uma destacada oitava posição que chamou a atenção de vários diretores esportivos.
Naquele momento, ele ainda não tinha contrato profissional. Foi Bart Brentjens, diretor do KMC Ridley, quem fez a primeira oferta formal a ele ao término daquela corrida. No entanto, a equipe Lexware, ciente do talento que tinham em mãos, propôs a ele um contrato de quatro anos com melhores condições do que o resto. Vidaurre assinou, sem saber na época que aquele acordo poderia limitar suas opções em um futuro próximo.
Com o passar do tempo e a melhoria de seus resultados, começaram a surgir novas ofertas de outras equipes. O próprio corredor reconhece que, ao perceber o valor de seu desempenho e sua imagem, tentou renegociar para mudar para outras equipes. Foi então que a Lexware lembrou a ele que tinha um contrato em vigor por quatro temporadas com eles. Como revela pela primeira vez, a SCOTT-SRAM fez uma oferta a ele já em 2020 para se juntar às suas fileiras, mas ele não pôde aceitar.
Finalmente, ele conseguiu chegar a um acordo amigável com a Lexware para completar seu último ano na Sub-23, já vestindo a camisa arco-íris de campeão do mundo. Esse último ano foi crucial, pois atraiu o interesse de várias estruturas profissionais de alto nível. Entre todas elas, foi a Specialized quem acabou levando sua assinatura para dar o salto definitivo para a elite.
-