O que parecia ser uma Volta a França discutida ao segundo e nas bonificações transformou-se num confronto desequilibrado a favor de Jonas Vingegaard. Pogacar, da UAE, chegou à terceira semana a dez segundos do dinamarquês e, depois do contrarrelógio (16ª etapa) e dos 73 km de subida na etapa-rainha no Col de La Loze, sai a 7m35s da camisa amarela. Ainda falta uma etapa de montanha, que pode ou não aumentar a diferença entre os dois, porém já se pode assinalar que a Volta a França poderá ganhar contornos históricos: desde 1997 que não se vê uma diferença destas, quando Jan Ullrich bateu Richard Virenque, por 9m09s.
De lá para cá, a vitória de Lance Armstrong em 1999 foi retirada por doping (avanço de 7m37s para Alex Zulle), a de 2002 de igual modo, com vantagem de 7m17s para Joseba Beloki. Só em 2014 a diferença é maior do que se vê agora, quando Nibali, pela Astana, aproveitou desistências para cavar 7m37s para Jean-Christophe Péraud, da AG2R. Ou seja, dois segundos apenas a mais do que se vê agora na luta pela camisa amarela.
Apesar de ter perdido mais de 6 minutos, Pogacar rejeitou problemas no joelho esquerdo, ensanguentado após queda, e até quer honrar os fãs com uma vitória de etapa.
"Foi o meu pior dia na bicicleta e pensei que podia perder o pódio. Tive uma ajuda fundamental do Marc Soler. Mas quero estar bem, recuperar e aparecer em boa condição no sábado. Seria incrível poder ganhar uma etapa e vou fazer por isso", prometeu."Muito pode acontecer, mas é uma liderança confortável neste momento, claro. É uma diferença incrível, nunca ousaria pensar", reconheceu Vingegaard, líder da Jumbo e do Tour, a caminho da segunda Volta a França em seu currículo.
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