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Neve pode alterar percurso do Giro d'Italia

A neve pode se tornar um grande problema para a organização do Giro 2023
    Devido à neve a 13.ª etapa da Volta à Itália entre Borgofranco d’Ivrea e Crans Montana na Suíça, está sujeita a alterações caso a situação não melhore e não seja permitido circular pelas estradas. O percurso com 207 quilômetros, inclui a passagem pelo Col du Grand Saint-Bernard a 2469 metros de altitude, designado Cima Coppi, por ser o ponto mais alto da competição, Croix de Coeur (1.ª cat.) a 2174 metros acima do nível do mar e o final em Crans Montana (1.ª cat.).
    Os 34 quilômetros do Col du Grand Saint-Bernard encontram-se intransitáveis, as entidades da região estão a tentar retirar a neve para que a etapa do Giro no dia 19 possa manter o percurso original.
«O problema é que nevou nos últimos dias, no entanto a organização já dispõe do plano B. Se não for possível subir até aos 2469 metros de altitude, o pelotão entrará na Suíça por um túnel, como aconteceu em 2006. Esperamos resolver a situação com a melhoria das condições climatéricas, embora os ciclistas tenham que subir por entre paredes de neve. O cancelamento da etapa está colocado de parte, se a opção for entrar pelo túnel a etapa irá ter menos sete quilômetros e cerca de 500 metros a menos de diferença de altitude. A situação no Croix de Coeur encontra-se consideravelmente melhor e não oferece problemas», afirmou Steve Morabito, antigo ciclista que faz parte da comissão organizadora da etapa.
    A penúltima etapa do Giro, a cronoescalada entre Tarvisio e Monte Lussari na distância de 18,6 quilômetros nos quais os últimos 7,5 quilômetros são em subida com rampas de 22% de inclinação, tem o acordo das equipes, ciclistas e organização para a sua realização.
    A estrada muito estreita não permite a circulação de veículos, na subida os ciclistas serão acompanhados por uma moto de assistência que transporta o mecânico da equipe, os dez primeiros da classificação geral vão ser acompanhados por duas motos, uma com o mecânico e outra com o diretor esportivo. Será criado uma área de transição para a troca de bicicletas, a partir daí os carros de apoio não poderão acompanhar os ciclistas.
    A transmissão televisiva da responsabilidade da RAI encontra-se em avaliação, na impossibilidade das motos de reportagem acompanharem os ciclistas, a solução passa por colocar três ou até mesmo quatro helicópteros com câmaras para a cobertura da subida.
    Os repórteres de rádio e televisão, assim como fotógrafos, não estão autorizados a acompanhar a corrida durante a subida. A situação está a ser analisada pela organização, que por enquanto apenas permite postos de reportagem fixos, que terão de ser ocupados antes da etapa se iniciar.
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