"Após as buscas efetuadas pela polícia às casas de alguns funcionários e corredores na segunda-feira, o hotel da Bahrain Victorious foi revistado pela polícia dinamarquesa, a pedido dos procuradores franceses, às 5:30 da manhã", informou a equipe, em comunicado.
De acordo com a formação da Bahrain, durante as buscas realizadas esta quinta-feira de manhã pela polícia dinamarquesa, que duraram duas horas, foram revistados "todos os veículos da equipe e os quartos de funcionários e corredores", não tendo sido apreendidos quaisquer artigos.
"Após as buscas, a equipe quer agora centrar-se na maior e melhor corrida velocipédica do mundo, a Volta a França. A equipa não fará mais comentários sobre o assunto", conclui o comunicado.As casas de alguns ciclistas e funcionários da Bahrain Victorious foram alvo, na segunda-feira, de buscas antes da partida destes para a Volta a França, informou a equipa, considerando que a nova ação policial visava "prejudicar deliberadamente" a sua reputação.
"A investigação aos membros da equipe, que começou há quase um ano, sem qualquer resultado, prossegue mesmo antes do início da mais importante corrida ciclística, a Volta a França, e causa danos na reputação dos indivíduos e da equipe", notou a formação do Bahrain.Nesse dia, a Bahrain Victorious defendeu que "o 'timing' das novas buscas visava "prejudicar deliberadamente a reputação da equipe".
"As buscas domiciliáres experienciadas hoje por membros da Bahrain Victorious representam a continuação do processo de investigação que teve início durante as performances bem-sucedidas da equipe na Volta a França do ano passado", indicava o comunicado, no qual se recordava que a equipe foi a única a ser alvo de uma investigação na passada edição da 'Grande Boucle'.A equipe revelou que "em nenhum momento, até agora", foi informada "do progresso, dos resultados" ou recebeu qualquer 'feedback" da investigação desencadeada pela procuradoria de Marselha, apesar de "repetidamente ter solicitado o acesso ao processo", sem sucesso.
A Bahrain Victorious lamentou na segunda-feira que "depois de quase um ano de esforços infrutíferos por parte da equipe para obter informação adicional, os investigadores tenham decidido fazer novas diligências dias antes do início da mais importante prova do ciclismo, o que indubitavelmente levanta dúvidas sobre o propósito da investigação".
Na edição do ano passado do Tour, o hotel e o autocarro da equipe Bahrain Victorious foram revistados pela polícia na noite de 14 de julho de 2021, depois da 17.ª etapa.
A investigação preliminar, iniciada em 03 de julho desse ano, incidia sobre suspeitas de "aquisição, transporte, posse, importação de uma substância ou método interdito para uso de um desportista sem justificação médica", informou a procuradoria de Marselha, indicando que a rusga tinha sido efetuada pelos agentes da Agência central de luta contra os atentados ao ambiente e à saúde pública (Oclaesp, na sigla em francês).
"A investigação preliminar decorre com o fim de determinar a existência ou não das infrações que justificaram a sua abertura", esclareceu ainda a entidade nessa altura.Na edição passada do Tour de France, a formação do Bahrain esteve em evidência: o esloveno Matej Mohoric 'bisou' em etapas, impondo-se na sétima e 19.ª, o seu colega belga Dylan Teuns venceu a oitava, o coletivo venceu por equipas, o neerlandês Wout Poels foi segundo na classificação da montanha e o italiano Sonny Colbrelli, que em março deste ano sofreu uma paragem cardiorrespiratória e está afastado da competição, foi terceiro nos pontos.
Já na Volta a Itália de 2021, prova em que o italiano Damiano Caruso foi segundo classificado, a Bahrain Victorious tinha enfrentado suspeitas de doping.
A 109.ª edição da Volta a França inicia nesta sexta-feira em Copenhagen, na Dinamarca, e termina em 24 de julho, em Paris.
Do 'octeto' da equipe do Bahrain para o Tour fazem parte Caruso, Mohoric, Teuns, Jack Haig, Jan Tratnik, Kamil Gradek, Fred Wright e Luis León Sánchez.
-
Postar um comentário