O ciclismo pode se tornar uma prática esportiva saudável, desde que praticada de forma regular pelo menos três vezes por semana. É o que afirma o professor do curso de Educação Física da Estácio, Luiz Guilherme da Silva Telles.
“Todo exercício físico apresenta respostas positivas à saúde. Se o ciclismo estiver prescrito da forma correta para determinado praticante, ele vai apresentar bons resultados para a saúde. É predominantemente aeróbico, então favorece o sistema cardiovascular, refletindo em melhorias na aptidão física”, avalia.O mestre em Educação Física afirma que quem pratica ciclismo pode obter resultados satisfatórios na redução de gordura corporal e ganhos moderados de massa muscular, dependendo do treinamento que a pessoa faz, nos membros inferiores (coxa, glúteos e panturrilhas).
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“Por ser uma atividade predominantemente aeróbica, não é a mais recomendada para ganho de massa muscular, mas pode ser um complemento à musculação para quem quer um resultado estético mais satisfatório”, salienta.Para aqueles que querem iniciar no ciclismo, seja como amador ou profissional, o professor da Estácio orienta que é importante passar por uma avaliação com um profissional da área de ciclismo.
“É necessário fazer essa avaliação periódica para que o treinamento seja bem ajustado para essa pessoa. Quem deseja iniciar, mas não tem uma orientação, é importante procurar um profissional, pois ele indicará a forma certa de iniciar, começar com pouco volume e ir progredindo aos poucos até chegar a uma quilometragem semanal adequada.”Luiz Guilherme ressalta que atletas amadores têm uma média de quilometragem de 70 quilômetros semanais, já os profissionais podem chegar até 400 quilômetros por semana.
“Muitas vezes, o ciclista amador peca na questão do treinamento, que é um sistema, é um programa de treino para que você melhore sua aptidão física. Se o ciclista amador deixa para fazer o seu pedal somente no final de semana, não ganhará condicionamento. A prática esporádica, só uma vez por semana, não consegue gerar adaptações satisfatórias na melhora da aptidão física.”
Em relação às contraindicações, o professor da Estácio afirma que existem poucas.
“O mais importante é realizar uma avaliação com um médico e um profissional de Educação Física, principalmente para fazer um mapeamento de sua saúde cardiovascular e ortopédica. É preciso avaliar se a pessoa não possui nenhuma limitação ou doença cardiovascular inicial que necessite de maior atenção e prescrição do exercício. É necessário também realizar uma avaliação mais direcionada, a fim de verificar se a pessoa não possui nenhuma lesão no quadril, coluna, joelho, e se ela pode fazer movimentos repetitivos, mesmo que o ciclismo não tenha tanto impacto. Neste caso, há necessidade de um fortalecimento, uma reabilitação, antes de a pessoa iniciar essa prática com mais segurança.”
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