A tendência que está se aproximando lentamente do Brasil e da América do Sul, já existe a muito tempo no velho continente: bicicletas feitas para andar rápido fora do asfalto.
Primeiramente, devemos compreender no que consiste cada uma das categorias:
O Cyclocross:
é uma competição de circuito fechado. Normalmente ocorre em pistas específicas, que variam de 1 a 3km de distância, em média. A corrida pode durar de 30 minutos até 1 hora, dependendo da categoria. A corrida é disputada em bicicletas específicas para Cyclocross, que precisam vencer os obstáculos da pista: partes escorregadias (muita lama ou neve), cascalho, areia fofa, grama, partes em asfalto, lances de escada, subidas e descidas MUITO íngremes, tocos, barris e barreiras intransponíveis facilmente obrigam o ciclista a carregar a bicicleta no ombro em prova.
Melhores momentos do Campeonato Nacional dos EUA 2016, vídeo de um dos canais mais interessantes e focados no Cyclocross, o In The Crosshairs.
O Gravel Racing:
é um estilo de prova que cruza longas distâncias em estradas de chão. Gravel significa, na sua essência, cascalho. As longas distâncias percorridas em estradas de cascalho existem faz muito tempo no mundo da bicicleta. Com certeza é um estilo de corrida mais antigo que o cyclocross e talvez seja o mais antigo tipo de corridas em bicicletas: percorrer alguma distância em estradas desprovidas de pavimento rodoviário. Exige uma bicicleta razoavelmente confortável para as longas horas de selim, robustez para que se consiga cumprir os trajetos (que podem ser, inclusive, grandes travessias de milhares de quilômetros) e estabilidade.
Lembrando sempre que uma Gravel Race pode ser percorrida com qualquer bicicleta: mountain bikes, bikes de estrada adaptadas, fat bikes e inclusive bicicletas de cyclocross. Uma prova de Cyclocross jamais será disputada, a nível profissional, com qualquer outra bicicleta. É uma prova muito exigente e dificilmente se obterá uma performance satisfatória em outra bike pelos diversos fatores que explicarei logo mais.
O Cyclocross está mais para o XCO (exclusivamente competitivo, explosivo, curto, performático, rígido e rápido) assim como o Gravel está para o All-Mountain(opcionalmente competitivo, ritmo variável e estratégico, horas de pedal, necessita de um breve conforto). O que diferencia uma bicicleta para Cyclocross de uma bicicleta ideal para corridas em Gravel é, basicamente: a altura do movimento central em relação ao solo, a distância entre-eixos, a angulação e o tamanho do top-tube. As bicicletas de Endurance nada mais são do que bicicletas de estrada ajustadas para longas distancias, em pavimento, com clearance avançado, normalmente, para pneus de até 32mm.
Apesar dos contras, que não são perceptíveis a nós, meros mortais, em algumas horas de selim, uma bicicleta de ‘cross pode trazer muita diversão e praticidade (principalmente no pavimento em más condições que cruzamos por aí). Existem várias versões no mercado que estão disfarçadas de cross bikes justamente para atender ao público que busca versatilidade e velocidade em qualquer terreno.
Particularmente, apesar de algumas das suas limitações e objetivo específico de montagem (manutenção, clearance e principalmente o alto valor dos quadros, devido as taxas de importação). Confortáveis, velozes em diversos terrenos, em sua maioria muito duráveis e versáteis. Com certeza elas nunca serão bicicletas de estrada, nem de CX, nem mountain bikes, mas aposto que dá pra se aventurar com uma Gravel nessas áreas do ciclismo e aventura.
* Conheça o Dirty Kanza, uma das mais famosas provas de GRAVEL do mundo.*As bicicletas utilizadas para CYCLOCROSS e para GRAVEL RACING (e inclusive as ENDURANCE, depois eu falo delas) são facilmente confundíveis. E realmente, elas são muito muito parecidas.
Lembrando sempre que uma Gravel Race pode ser percorrida com qualquer bicicleta: mountain bikes, bikes de estrada adaptadas, fat bikes e inclusive bicicletas de cyclocross. Uma prova de Cyclocross jamais será disputada, a nível profissional, com qualquer outra bicicleta. É uma prova muito exigente e dificilmente se obterá uma performance satisfatória em outra bike pelos diversos fatores que explicarei logo mais.
O Cyclocross está mais para o XCO (exclusivamente competitivo, explosivo, curto, performático, rígido e rápido) assim como o Gravel está para o All-Mountain(opcionalmente competitivo, ritmo variável e estratégico, horas de pedal, necessita de um breve conforto). O que diferencia uma bicicleta para Cyclocross de uma bicicleta ideal para corridas em Gravel é, basicamente: a altura do movimento central em relação ao solo, a distância entre-eixos, a angulação e o tamanho do top-tube. As bicicletas de Endurance nada mais são do que bicicletas de estrada ajustadas para longas distancias, em pavimento, com clearance avançado, normalmente, para pneus de até 32mm.
– A bicicleta de CYCLOCROSS e suas necessidades:
- Movimento central elevado: transposição de obstáculos e pedalada ininterrupta durante as curvas mais fechadas;
- Ângulo do head tube mais fechado: resposta veloz da direção e rigidez do conjunto;
- Top tube: horizontal ou levemente slooping. Facilidade de manejar a bicicleta ao desmontar;
- Passagem dos cabos: por cima do top tube ou internal routing: não atrapalha ao carregar a bicicleta nas costas;
- Triangulo traseiro ligeiramente mais curto: Melhor resposta de arrancada e subida e rigidez do conjunto;
- Frente mais curta: facilidade de pilotagem montado ou desmontado. Proximidade dos comandos, obrigatoriamente integrados aos freios estilo estrada;
- Leveza: precisa ser leve. Imagina carregar uma bicicleta de mais de 10kg nas costas toda a vez que o circuito exigir.
Apesar dos contras, que não são perceptíveis a nós, meros mortais, em algumas horas de selim, uma bicicleta de ‘cross pode trazer muita diversão e praticidade (principalmente no pavimento em más condições que cruzamos por aí). Existem várias versões no mercado que estão disfarçadas de cross bikes justamente para atender ao público que busca versatilidade e velocidade em qualquer terreno.
-A bicicleta para GRAVEL e suas necessidades:
- Movimento central intermediário: conforto, melhor sensação de pilotagem, traz para baixo o centro de gravidade;
- Ângulo do head tube mais aberto: mais estabilidade, melhor angulo de ataque para “atropelar” pedras constantes, mais conforto;
- Top tube sloping: maior rigidez da traseira, reduz o peso (algumas gramas), conforto trazido pela exposição do canote;
- Passagem dos cabos: interna, preferencialmente, preservando os cabos da poeira;
- Triangulo traseiro ligeiramente mais longo: mais estabilidade, maior clearance de pneu e de sujeira;
- Frente mais alta: melhor posição de pedalada, mais segurança e facilidade de pilotagem;
- Leveza: não exige bicicletas ultraleves (8kg ou menos) por ser uma prova de longa distância. Algumas são especialmente construídas em aço por suas qualidades de durabilidade e conforto.
Particularmente, apesar de algumas das suas limitações e objetivo específico de montagem (manutenção, clearance e principalmente o alto valor dos quadros, devido as taxas de importação). Confortáveis, velozes em diversos terrenos, em sua maioria muito duráveis e versáteis. Com certeza elas nunca serão bicicletas de estrada, nem de CX, nem mountain bikes, mas aposto que dá pra se aventurar com uma Gravel nessas áreas do ciclismo e aventura.
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