Anna Kiesenhofer vence Olimpíadas em Tóquio | Foto Reuters: Michael Steele |
Anna Kiesenhofer, austríaca de 30 anos, ganhou o ouro no ciclismo de estrada feminino. Ela, que não tem equipe profissional, parecia presa fácil para as favoritas. A ciclista disparou no início e, aos poucos, foi deixando as adversárias para trás. Cruzou a linha tão à frente que a holandesa Annemiek van Vleunten, segunda colocada, chegou a comemorar como se tivesse faturado o ouro.
“Faltando cinco quilômetros, Marianne Vos veio até mim e ela, como todas nós, não sabia se todas escapadas haviam sido neutralizadas. No começo me senti muito idiota, mas quando as outras garotas confirmaram não saber, fomos em frente. É claro que isso foi inútil, eu pensei que havia ganhado.” Annemiek Van Vleuten, medalha de prata.
A campeã olímpica iniciou a carreira de esportista no triatlo, em 2014, mas acabou deixando a modalidade por causa de lesões. Ela tentou a carreira no ciclismo enquanto fazia mestrado em Matemática na Espanha, e passou a competir entre amadoras em 2017. Kiesenhofer tem dois PhD na área de exatas e dá aulas de matemática na prestigiada universidade de Lausanne, na Suíça. Mas talvez o ouro olímpico faça com que ela se dedique exclusivamente à carreira sobre duas rodas.
“Em uma prova de estrada, a sorte sempre desempenha um papel importante. Tive a coragem de atacar e no final fui a mais forte na fuga. O elemento surpresa certamente jogou a meu favor. Elas nunca teriam dado tanta vantagem a uma ciclista mais famosa. Estou muito feliz com a medalha, mas gostaria de continuar a disputar o contrarrelógio.” disse Anna Kiesenhofer, medalha de ouro olímpico.A medalha de bronze ficou para a italiana Elisa Longo Borghini de 29 anos. A italiana confirmou que sabia estar disputando a prata contra Van Vleuten.
“Eu não tinha um plano, eu apenas competi com a sensibilidade. eu senti que era o momento certo em atacar e parti sem olhar para traz. A perseguição não era responsabilidade das italianas, mas sim das holandesas que tem melhores velocistas. Basicamente quando nós alcançamos duas mulheres, eu percebi que havia mais uma. Essa medalha é para minha mãe, meu pai, meu irmão, meus sobrinho e meu namorado, porque nós fizemos muitos sacrifícios juntos e eles uma me deixaram só.” Elisa Longo Borhini medalha de bronze.
O Britânico Thomas Pidcock cruzando a linha de chegada. Imagem: Greg Baker/AFP/Getty Image |
Na prova, porém, não se viu nem sinal de dificuldades. Largando da 29ª colocação, o britânico ganhou 26 posições na primeira volta. Pouco tempo depois, assumiu a liderança para não sair mais dela. Finalizou a prova com mais de 20 segundos à frente do segundo colocado e levou o ouro para casa.
-
-
Postar um comentário