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Tóquio2020: ''Azarões'' brilham e desbancam favoritos em Tóquio

    É muito simbólica a conquista do ouro olímpico. Quando se é premiado com a mais alta honraria do esporte, o atleta grava o seu nome na história e escreve um capítulo especial da própria vida. Nessa edição dos Jogos Olímpicos, por algumas vezes, alguns atletas "azarões" conseguiram chegar ao lugar mais alto do pódio e fizeram de suas conquistas histórias especiais.
Anna Kiesenhofer vence Olimpíadas em Tóquio | Foto Reuters: Michael Steele
    Anna Kiesenhofer, austríaca de 30 anos, ganhou o ouro no ciclismo de estrada feminino. Ela, que não tem equipe profissional, parecia presa fácil para as favoritas. A ciclista disparou no início e, aos poucos, foi deixando as adversárias para trás. Cruzou a linha tão à frente que a holandesa Annemiek van Vleunten, segunda colocada, chegou a comemorar como se tivesse faturado o ouro.
“Faltando cinco quilômetros, Marianne Vos veio até mim e ela, como todas nós, não sabia se todas escapadas haviam sido neutralizadas. No começo me senti muito idiota, mas quando as outras garotas confirmaram não saber, fomos em frente. É claro que isso foi inútil, eu pensei que havia ganhado.” Annemiek Van Vleuten, medalha de prata.
    A campeã olímpica iniciou a carreira de esportista no triatlo, em 2014, mas acabou deixando a modalidade por causa de lesões. Ela tentou a carreira no ciclismo enquanto fazia mestrado em Matemática na Espanha, e passou a competir entre amadoras em 2017. Kiesenhofer tem dois PhD na área de exatas e dá aulas de matemática na prestigiada universidade de Lausanne, na Suíça. Mas talvez o ouro olímpico faça com que ela se dedique exclusivamente à carreira sobre duas rodas.
“Em uma prova de estrada, a sorte sempre desempenha um papel importante. Tive a coragem de atacar e no final fui a mais forte na fuga. O elemento surpresa certamente jogou a meu favor. Elas nunca teriam dado tanta vantagem a uma ciclista mais famosa. Estou muito feliz com a medalha, mas gostaria de continuar a disputar o contrarrelógio.” disse Anna Kiesenhofer, medalha de ouro olímpico.
    A medalha de bronze ficou para a italiana Elisa Longo Borghini de 29 anos. A italiana confirmou que sabia estar disputando a prata contra Van Vleuten.
“Eu não tinha um plano, eu apenas competi com a sensibilidade. eu senti que era o momento certo em atacar e parti sem olhar para traz. A perseguição não era responsabilidade das italianas, mas sim das holandesas que tem melhores velocistas. Basicamente quando nós alcançamos duas mulheres, eu percebi que havia mais uma. Essa medalha é para minha mãe, meu pai, meu irmão, meus sobrinho e meu namorado, porque nós fizemos muitos sacrifícios juntos e eles uma me deixaram só.” Elisa Longo Borhini medalha de bronze.
O Britânico Thomas Pidcock cruzando a linha de chegada. Imagem: Greg Baker/AFP/Getty Image
    O britânico Thomas Pidcock tem 21 anos e, originalmente, não conquistou a vaga olímpica para o mountain bike - ele não tinha ranking suficiente. Sua classificação só foi confirmada por causa de desistências, o que acabou beneficiando o Reino Unido. Veio a pandemia da covid-19, o que já trouxe transtornos suficientes para a preparação. Mas Pidcock quebrou a clavícula em maio e correu contra o tempo para se recuperar e disputar os Jogos.
    Na prova, porém, não se viu nem sinal de dificuldades. Largando da 29ª colocação, o britânico ganhou 26 posições na primeira volta. Pouco tempo depois, assumiu a liderança para não sair mais dela. Finalizou a prova com mais de 20 segundos à frente do segundo colocado e levou o ouro para casa.
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