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Projeto propõe Rota Cicloturística em estrada usada por imigrantes para chegar a Caxias-RS

Trecho da Estrada Rio Branco segue preservado em Nova Palmira
    
A Estrada Rio Branco, utilizada pelos imigrantes italianos na colonização de Caxias do Sul, está prestes a se tornar palco de eventos de lazer e um atrativo turístico da Serra. Pelo menos essa é a intenção do produtor cultural e de eventos, Guilherme Montanari, e do arquiteto Gustavo de Carli. Ambos apresentaram à prefeitura de Caxias do Sul um projeto de transformar a estrada de 67 quilômetros em uma rota cicloturística.
    A via começa em São Sebastião do Caí, último ponto onde imigrantes conseguiam viajar de navio. A partir daí utilizavam o trajeto, que passa por Bom Princípio, Feliz e Vale Real antes de chegar às localidades de Nova Palmira e Vila Cristina, em Caxias. A rota seguia pela atual Estrada do Imigrante (há quem acredite que era pela Estrada do Vinho) até o ponto onde atualmente fica a Avenida Rio Branco, no bairro Rio Branco.
    — A ideia é trazer um pouco mais de história sobre o lugar onde se mora. Pensamos em como poderíamos fazer essa rota que não fosse de carro, porque várias coisas se perdem. E a pé é inviável, já que são quase 70 quilômetros. Então pensamos na bicicleta, em um único trajeto, ou vários trechos menores — explica o produtor, acrescentando que os primeiros estudos começaram na metade do ano passado.

    O objetivo agora é buscar parcerias para viabilizar o projeto, seja na sinalização do trecho, com totens indicando pontos históricos, seja em outras frentes. Nesta semana, por exemplo, há conversas previstas com ciclistas para buscar o olhar dos usuários a respeito da proposta.
Com essas etapas superadas, e assim que a pandemia permitir, o objetivo é lançar a rota em um evento de pedalada. A ideia é que os participantes percorram o trecho e desfrutem de pequenos eventos em pontos pré-definidos.
    — Precisamos fazer com que as pessoas tenham gosto pela cidade onde moram e se apropriem do espaço. Nossa proposta é que Caxias se reconheça — afirma Montanari, que espera que o roteiro também atraia visitantes de outras localidades.

    Para oficializar o trajeto é preciso que os municípios cortados pela estrada (oito no total, contando a extensão que passa por São Marcos, Campestre da Serra e Vacaria) assinem um convênio para a manutenção. O processo é semelhante ao ocorrido com o o Caminhos de Caravaggio. A ideia, contudo, é consolidar a parte burocrática com a rota já em funcionamento.
    — Nossa proposta é criar ações para depois fazer a parte burocrática — observa o produtor cultural.
Ideia bem recebida


Titular da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, Gabriel Citton é um dos representantes do município que receberam pessoalmente o projeto. Segundo ele, a proposta é condizente com outras ações pensadas pelo município no que diz respeito ao ciclismo.
    — Começamos (a trabalhar nisso) desde o ano passado, quando fizemos o Desafio Pedal Caxias para conhecer 21 pontos da cidade, e devemos fazer esse ano de novo. Sabemos que precisamos melhorar muito essa questão do ciclismo como lazer e toda iniciativa é bem-vinda — destaca.
    A secretaria agora aguarda os idealizadores amadurecerem a ideia com outros grupos antes de dar início a eventuais trâmites burocráticos necessários.

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