Neste contexto, já com 43 segundos de vantagem para o segundo colocado, Almeida poderá, em tese, manter a liderança do Giro até à etapa de domingo, dia em que terá o primeiro verdadeiro teste, numa etapa com chegada em alta montanha.
Na frente da corrida, a etapa acabou por sorrir ao italiano Filippo Ganna, que resistiu na fuga do dia e somou o segundo triunfo na corrida, depois da vitória no contra-relógio da 1ª etapa. Ganna está, neste momento, a caminho de um Giro tremendo: já venceu duas etapas, já vestiu a camisola rosa e ainda tem mais dois “cronos” pela frente.
Nesta quarta-feira, a etapa começou com várias tentativas de fuga, mas só à terceira, com um grupo de seis conseguiu isolar-se, entre os quais o ex-líder Ganna, livre para fazer a sua própria corrida, depois de a Ineos ter tido o abandono do seu líder, Geraint Thomas.
O grupo chegou a ter cinco minutos de vantagem para um pelotão que reduziu, pouco a pouco a vantagem dos fugitivos.
E foi sensivelmente nessa fase que, na fuga, Ganna atacou e, como bom contra-relogista que é, não mais permitiu aproximações aos companheiros de aventura.
No pelotão, a subida ao Valico di Montescuro fez cair do grupo Jonathan Caicedo, deixando João Almeida - que chegou a parecer em dificuldades - sem o principal rival na luta pela camisa rosa (Caicedo estava a dois segundos).
Motivado pela ausência de Caicedo, Almeida ainda foi sprintar na chegada, depois de uma etapa dura, mostrando capacidade física e, sobretudo, ambição e audácia. E foi terceiro na etapa, somando quatro segundos de bonificação.
Nesta quarta-feira haverá uma etapa muito aberta, dado o perfil montanhoso, ainda que não muito duro. É um dia desenhado para uma fuga.
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