A ideia é reunir o máximo de pessoas que gostem de pedalar. Quem não tem bicicleta, também está convidado a comparecer de patins ou skate. O propósito é compartilhar informações e levar à mudança de alguns hábitos, que além de trazer benefícios a saúde, minimizam impactos provocados ao meio ambiente, principalmente com uso dos carros.
Na busca de espaço, Pedro Dias, de 27 anos e José Sepulveda, de 28, são os mediadores da diversão na cidade. Pedro é carioca e José colombiano. Em Campo Grande, a prática é comum na vida dos dois. No entanto, sentem a diferença em relação aos outros quando estão nas ruas.
"No Rio de Janeiro, é significante o número de pessoas que usam bicicleta em toda parte. Há muitos espaços e ciclovias", destaca Pedro, que chegou em Campo Grande há ano para trabalhar.Para José, que abre mão do veículo como forma de economia, exista até falta de afeto pela bicicleta no cotidiano.
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José de bicicleta na Colômbia |
"A Colômbia enxerga a bicicleta com carinho. Na década 70, principalmente, o País deixou de olhar o ciclismo como esporte e incentivar como meio de locomoção. Então cresci vendo isso nas ruas e a gente sente falta desse sentimento por aqui".Por isso, a esperança é que o movimento seja um convite para encorajar as pessoas a pedalar e perceber a cidade de forma diferente, gerando o espaço e a visibilidade na rua que este meio de transporte precisa.
Mas nem tudo é ruim. Na visão de quem vem de fora, Campo Grande recebe elogios quando o assunto é respeito.
"Lamenta-se porque muitas vezes as pessoas querem que a gente só ande de bicicleta em parques e condomínios. Mas a gente merece ser respeitado na rua. Diferente do Rio de Janeiro, aqui pelo menos a gente não vê tanto duelo entre motoristas e ciclistas, eles respeitam mais", diz Pedro.No percurso pela cidade, a proposta do movimento é também debater melhorias. "Ciclovia, faixa, sinalização e principalmente respeito é o que podemos reivindicar, mas para isso acontecer, primeiro precisamos incentivar a pedalada na cidade".
A começar por exemplos bem simples. "Já conheci pessoas em Campo Grande que moram a dois quarteirões de um supermercado e mesmo assim decidem ir de carro, sendo que a bicicleta seria uma opção bacana e saudável para uma cidade inteira", explica José.Por isso, quem quiser participar, a Bicicletada vai acontecer toda última sexta-feira do mês. E a concentração é na Praça do Rádio a partir das 18h30.
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Fonte: https://www.campograndenews.com.br/lado-b/faz-bem/amigos-fortalecem-movimento-para-que-a-cidade-enxergue-com-carinho-a-bicicleta