
“A 9 de Julho é uma prova clássica, de que gosto muito. Já havia ganhado em 2008, mas foi em um circuito fechado na época. Nunca tinha corrido nas ruas de São Paulo. Foi um trajeto bem legal mesmo, diferente para mim. Gostei bastante”, comemorou Camila, muito sorridente e interpelada com frequência para receber cumprimentos de suas adversárias.
. Quando todas ainda pedalavam, no entanto, a amizade ficou de lado. “Essa prova é plana e tem um nível muito alto. As melhores do Brasil estavam aqui. A Ana Paula Polegatch, que é da minha equipe, representará o País nos Jogos Pan-americanos de Toronto”, argumentou Camila. “Por tudo isso, já esperava que fosse ser difícil, decidido no sprint, com bastantes ataques. Aí, fui me enfiando do jeito que dava para conseguir uma boa posição. Acabei saindo com a vitória”, sorriu, após os seus 44min31s028 de prova.
. O título não chegou a surpreender Camila. Natural da cidade paranaense de Pitanga, ela vive em Taubaté e é treinada pelo marido, o também ciclista Alex Arseno. Ambos se conheceram em uma extinta rede social da internet e trabalharam duro nos últimos dias para fazer uma boa 9 de Julho.
“O Alex me conhece muito bem, né? Então, os treinos encaixaram legal. Sou privilegiada por tê-lo ao meu lado. A preparação me deixou confiante para vir até aqui e conseguir esse resultado. Além disso, a minha equipe é unida e me ajudou muito. Não me desgastei tanto por isso”, agradeceu a bicampeã.
Camila agora já pensa na próxima edição da Prova 9 de Julho, em que buscará o tricampeonato.

“Sempre que tiver, virei correr. É uma prova muito tradicional. Vou me preparar para defender o meu título no ano que vem”, avisou.-
Fonte: http://www.gazetaesportiva.net/noticia/2015/07/ciclismo/bicampea-se-anima-com-experiencia-inedita-em-prova-classica.html