. A engenheira florestal Marisa Terezinha Pereira, 60, mais uma amante desse tipo de viagem, vai além: “A bicicleta nos permite enxergar paisagens de ângulos não vistos quando passamos de carro, por exemplo. Além disso, encontramos pessoas de diferentes costumes e paramos a qualquer hora para bater uma foto. É fantástico”. Em uma de suas viagens, Marisa já pedalou 550 quilômetros em seis dias. “O roteiro é conhecido como Via Cláudia Augusta. Começa na Alemanha, cruza a Áustria, a Suíça e a Itália”, conta.
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O UOL Viagem conversou com praticantes e as agências Adventure Club e Bike Expedition, especializadas nesse tipo de prática, e indica os melhores roteiros para fazer com bike, no Brasil e no exterior
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Caminho dos Diamantes (MG)
Caminho da Fé (SP e MG)
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Caminho da Luz (MG)
. O roteiro começa em Tombos e termina no Pico da Bandeira e possui aproximadamente 200 quilômetros de distância, atravessando as montanhas de Minas. No caminho, os ciclistas visitam fazendas centenárias, matas, cachoeiras, santuários e estações ferroviárias antigas. É preciso inscrever-se para pedalar pela região, que leva menos de uma semana para ser atravessada de bicicleta.
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Luberon – Provence (França)
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Vale do Loire (França)
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Holanda e Bruges
. De Amsterdam a Maastricht, o roteiro oferece visitas a cidades com vilas típicas, em que o turista tem a oportunidade de conferir paisagens inusitadas e românticas. Ao fim da viagem, há tempo para um passeio de 60 quilômetros pelo Vale do Rio Geul – onde Holanda, Alemanha e Bélgica se encontram – para chegar em Bruges, na Bélgica. São 200 quilômetros de pedaladas moderadas.
. Para curtir esse tipo de aventura, além de saber andar de bicicleta, o viajante deve estar bem preparado fisicamente. “O grau de condicionamento necessário vai variar de acordo com a dificuldade e o tamanho do percurso”, declara Rodrigo Langeani, educador físico da Universidade Federal de São Carlos. De acordo com Michel Garcia, professor de educação física da Academia Just Fit, de São Paulo, exercícios aeróbicos que promovem condicionamento cardiorrespiratório, como a bicicleta ergométrica, e de força – com ênfase nos membros inferiores, para desenvolvimento da resistência muscular – são os mais indicados nesse caso.
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Prepare-se antes da aventura
. Um sedentário que desejar percorrer trajetos mais curtos pedalando levará em torno de três meses para estar apto a fazer um roteiro de dois a três dias, treinando duas horas por dia, três vezes na semana. Já percursos mais difíceis, que levam desde semanas até um mês, requerem, no mínimo, seis meses de preparo.
. Segundo Langeani, a preparação envolve não apenas a parte física, mas também técnica. “O turista deve ter noções básicas de pilotagem e de ciclismo no trânsito”, orienta. Além disso, fazer um check-up antes da viagem também é importante. “Realizar exames de rotina, como teste ergométrico e eletrocardiograma ou avaliação física, ajuda a detectar patologias que impedem a prática ou exigem cuidados específicos”, alerta Garcia.
. A sugestão de Marisa para se adaptar é iniciar com pedaladas curtas e, aos poucos, aumentar a distância e o grau de dificuldade do terreno. “Procurar grupos de pedalada na cidade em que mora é uma boa maneira de iniciar também”, aconselha a engenheira florestal. Já Adriana sugere buscar mais informações sobre o roteiro que se deseja fazer. “Verifique como é o clima local, a distância do percurso e faça um planejamento, como em uma viagem comum”, aconselha.
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De olho nos acessórios
. É importante usar alguns equipamentos para garantir a segurança durante o trajeto. Roteiros curtos podem ser feitos com roupas comuns, mas viagens longas exigem roupas de ciclismo, que são mais confortáveis. “Camisa e bermuda de ciclismo com forro, sapatilhas especiais, óculos escuros, capacete, luvas e garrafinha de água são indispensáveis”, afirma Langeani. Se não estiver com a sua bicicleta – geralmente as empresas de turismo que oferecem roteiros de bicicleta alugam o equipamento – confira se os freios estão em dia, se a magrela tem espelho retrovisor, buzina e luzes sinalizadoras dianteiras e traseiras.
“Nunca economize em equipamentos de segurança e leve consigo casaco e capa de chuva, pois saímos pela manhã e à tarde o tempo pode mudar”, alerta Adriana. “Vale investir, ainda, em uma mochila de hidratação, que transporta água e é mais prática que a garrafinha”, completa.-
Fonte: http://boainformacao.com.br/2015/05/conheca-os-melhores-roteiros-para-viajar-de-bike-no-brasil-e-no-exterior/
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