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Elas estão invadindo as trilhas...

# A significante adesão das mulheres ao pedal é uma crescente no Brasil e no mundo. Para cuidar do corpo e da mente, como forma de reencontrar a autoestima e a confiança, ou como uma simples opção de aventura, elas estão literalmente invadindo as trilhas e as cidades com suas bicicletas.
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. São muitas as referências históricas que relacionam a bicicleta como um símbolo de liberdade para as mulheres. Se, para os homens, a bicicleta era mais um dispositivo que se adicionava a sua já longa lista de utensílios utilizados para o labor ou o entretenimento, para as mulheres, esta máquina de duas rodas representava um veículo com o qual se alcançava um novo mundo, uma nova concepção de vestuário e uma nova interação com a sociedade. A bicicleta mudou a perspectiva pela qual as mulheres enxergavam o mundo, e também de como o mundo deveria as enxergar.

. Atualmente, cada vez mais é comum avistar uma mulher sobre uma bicicleta. Rompidas diversas barreiras, quebrados inúmeros preconceitos, elas estão aí, em todas as vertentes ciclísticas, pedalando pelos mais variados fins e para os mais diversos destinos. Embora não exista estatística oficial, mesmo em atividades consideradas radicais, como a prática do mountain biking, um universo ainda dominado pelos homens, é possível verificar um crescimento da presença feminina. Sim, elas estão invadindo as trilhas!

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As ciclistas que participaram desta matéria representam,
cada qual com seu diferencial, milhares de mulheres que também pedalam.
Da esquerda para a direita, e de cima para baixo: Rafaela Lopes,
Maria do Carmo Silva Ayres Pereira, Daiane Teresa Almeida,
Metoniza Vieira, Luciane Derrico, Simone Seguro, Lindaberg Macêdo,
Queli Cordeiro e Soninha Gonçalves.
 © Fotos: Arquivo Pessoal: Faça chuva ou faça sol

http://www.revistabicicleta.com.br/admin/fotosckfinder/images/materias-semana/elas-estao-invadindo-as-trilhas/elas-estao-invadindo-as-trilhas-03.jpg. A carioca Rafaela Lopes é um exemplo deste movimento crescente. Ela usa bicicleta nas ciclovias do Rio de Janeiro, mas gosta de pedalar também em estradão de terra e trilhas. “Comecei a pedalar por hobby”, diz, “primeiramente na companhia da minha mãe, mas com o tempo ela já não estava no mesmo ritmo que eu, então, hoje pedalo sozinha”.
. Rafaela afirma que pedala todo dia, no mínimo, 15 km. “Meu dia começa ou termina com uma pedalada. Pedalo todos os dias, faça chuva ou faça sol. A bicicleta representa o meu momento comigo mesma, minha atividade física, uma válvula de escape. Aumentou minha relação com a natureza: pedalo admirando o que há em volta e a cada dia fico mais fascinada. O que começou como um hobby virou um vício”, conta a carioca.

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Deserto do Atacama: elas também pedalam lá!
. Ao norte do Chile, fronteira com o Peru, está o Deserto do Atacama. As temperaturas variam de 0°C à noite, aos 40 °C durante o dia. A Cordilheira dos Andes impede a chegada das correntes marítimas do Pacífico, tornando o Atacama o deserto mais alto e árido do planeta.
. É nesse inóspito lugar que a paulista Maria do Carmo Silva Ayres Pereira, que hoje mora em Presidente Prudente – SP, teve sua maior experiência ciclística este ano.
 “Participei do Atacama Challenger, uma competição no meio do deserto para quem adora pedalar e não tem medo de enfrentar um verdadeiro desafio”, diz Maria, que complementa: “foi o mais incrível e inesquecível pedal da minha vida”.
. Foram três dias de prova e um segundo lugar na sua categoria, o que apenas comprovou sua paixão pelo pedal. Segundo Maria, “a cada dificuldade superada o pedal fica mais interessante. Além de você fazer amizades e aumentar a qualidade de vida, o exercício físico é algo estimulante, gratificante. A bike permite que você melhore a resistência muscular e respiratória. Depois que você começa nada mais te segura, e cada obstáculo que surge é superado e se torna mais uma vitória conquistada”.
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Bicicleta: uma fonte da juventude
http://www.revistabicicleta.com.br/admin/fotosckfinder/images/materias-semana/elas-estao-invadindo-as-trilhas/elas-estao-invadindo-as-trilhas-04.jpg. Uma característica comum - pode-se dizer natural - das mulheres é o cuidado com a estética, independente das preferências de estilo ou grupo social a que pertença. Foi essa famosa “vaidade feminina” que levou a professora Daiane Teresa Almeida, de Porto Feliz – SP, ao pedal. “Depois do nascimento da minha filha fiquei insatisfeita com uma gordurinha aqui e ali”, revela a paulista, “e também, sempre apreciei atividades ao ar livre. Se o mundo está em movimento, então, porque não desfrutar de tudo isso me exercitando?”

. Uma característica comum - pode-se dizer natural - das mulheres é o cuidado com a estética, independente das preferências de estilo ou grupo social a que pertença. © Jake Orness / Specialized
. Hoje, Daiane pedala junto com um grupo só de mulheres, as “Maritacas”, que todo domingo presenciam paisagens maravilhosas que jamais teriam o mesmo visual com outro veículo. Ela diz: “há cinco anos que pedalo. Além do ciclo de amizades que se forma com o decorrer dos pedais, a bicicleta proporciona a sensação de liberdade e de equilíbrio perfeito entre corpo e mente; é prazeroso e auxilia a manter a forma”.
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O apoio imprescindível
. Fazer parte de um grupo de pedal feminino, como Daiane e as Maritacas, ou de grupos mistos onde elas pedalam com amigos e companheiros, pode ser um apoio importante para manter a frequência da prática ciclística. Outro apoio importante é o que vem da própria família, como bem menciona Metoniza Vieira, procuradora da Fazenda Nacional em Fortaleza – CE.
. Ela diz que começou a pedalar por sugestão do cunhado, que é ciclista há muito tempo, “e depois meu marido, que era sedentário, aderiu ao esporte, facilitando muito o pedal. É ótimo pedalar com seu companheiro, partilhar essa atividade com quem você escolheu para dividir a vida”. O casal planeja realizar viagens de bicicleta e o primeiro projeto é a Travessia dos Andes.
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No Quintal do Mundo
. Sair de Ushuaia, o Fim do Mundo, e pedalar durante três anos, passando por mais de 20 países até chegar na Índia. Este é o projeto “No Quintal do Mundo”, de Luciane Derrico, em conjunto com seu parceiro Alexandre Garibaldi. O casal de São José dos Campos – SP pretende iniciar a empreitada em janeiro de 2015.
. O contato com a bicicleta veio primeiro nas academias, quando Luciane começou a dar aulas de spinning (bicicleta indoor). “Um dia”, conta ela, “um amigo me convidou para participar de uma pequena prova de MTB e de cara já subi no pódio. Fiquei apaixonada pela modalidade e nunca mais parei de pedalar”.
. Como preparação para iniciar o projeto, Luciane conta que realizou um cicloturismo de cinco dias pela Serra da Canastra, cadeia montanhosa no centro-sul do estado de Minas Gerais. “Pedalar com peso durante dias seguidos não é fácil e exige preparação”, diz, “mas chegar no Paraíso Selvagem depois desse mega desafio fez todo o perrengue valer a pena”.
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Diversão que virou profissão
. Sempre que pedalava pelos arredores de Campo Largo – PR, onde mora, ou em cicloviagens com amigos, Simone Seguro levava sua companheira inseparável: a máquina fotográfica. Ela conta: “adorava fotografar os amigos, os lugares e os momentos incríveis que só a bike proporciona. Eu registrava tudo, desde viagens até competições de MTB e Ciclocross nas quais participava, e isso despertou o interesse de muita gente”.
. Com o incentivo dos amigos, as fotos viraram um trabalho de divulgação, e assim nasceu o site Esporte na Foto, que hoje está com quase dois anos de existência e já tem muita história para contar e muito trabalho pela frente. O que era diversão – pedalar e fotografar – agora é uma profissão.
http://www.revistabicicleta.com.br/admin/fotosckfinder/images/materias-semana/elas-estao-invadindo-as-trilhas/elas-estao-invadindo-as-trilhas-05.jpg. Assim como a prática do MTB, esta atividade profissional também é dominada pelos homens, mas a paranaense tem se destacado neste meio. “A bike para mim é um estilo de vida”, diz Simone, “tanto que agora é meu lazer e meu trabalho. Sete dias por semana é bike, seja pedalando, divulgando ou fotografando. É muito bom fotografar um esporte que a gente pratica, porque a gente entende o que a pessoa está sentindo e fica mais fácil transmitir isso na fotografia”.


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A vida começa aos 40
.  Quando uma mulher pedala, ela reafirma sua autoestima e confiança. Foi em busca disso que Lindaberg Macêdo, de Guanambi - BA, reencontrou a bicicleta. “Eu havia entrado para a autoescola”, conta, “mas ficar em duas rodas era um terror para mim. Foi aí que o professor disse que eu devia pedalar para conquistar mais confiança. Mas como pedalar, se eu só havia pegado em uma bicicleta na adolescência?”
. Lindaberg comprou uma bike, como o professor a pediu, mas a deixou paradinha na garagem por três meses. “Pesquisei muito na internet e teclei por um bom tempo com Tereza D’Aprile, do grupo paulista Saia na Noite, antes de sair pedalar. O resultado é que montamos um grupo de pedal aqui também, o Saia na Bike, onde eu me juntei a muitas mulheres, e venci meu medo. Conseguimos conquistar o respeito dos motoristas e isso nos deu proteção para os pedais light pela cidade para os iniciantes e nossas apaixonantes trilhas pela região”, lembra.
. O detalhe interessante dessa história é que tudo isso aconteceu em 2010, quando Lindaberg já havia passado dos 40 anos. Desde então, foram quatro anos vivendo bicicleta. Segundo a baiana, “esse viver trouxe grandes benefícios, como reencontrar pessoas que não via a mais de 10 anos. Depois que venci o medo, surgiu uma paixão pelos pedais. Passei a usar a bicicleta como meio de transporte e a qualquer hora do dia e da noite já estou equipada com capacete, luvas, óculos e lanternas. Sou radialista e também incluí um quadro no meu programa, o Rádio Bike, em que falo sobre os benefícios de pedalar, as trilhas que grupos realizam na região e notícias diversas sobre a bicicleta. Dizem que a vida começa aos 40, eu acrescento: melhora mais ainda aos 50”.
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Nem só de trilhas vive o pedal feminino...
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. Com apenas 25 anos, Palmas – TO é a caçula das capitais brasileiras, a “Princesinha do Brasil”. Com quase 250 mil habitantes, é a maior cidade do estado de Tocantins. É lá que a educadora física Queli Cordeiro mora a mais de 17 anos. E é lá também que ela se deixa levar pela fluência de sua Speed. Sua última aventura: um pedal de 35 km, sozinha!
. Segundo Queli, “Palmas tem tudo para ser a cidade do esporte, principalmente do ciclismo, pois as ruas são planas e o lugar é lindo. Em 2013 comprei uma Speed e com ela descobri que meus limites podem ser superados, que posso ir além, quebrando paradigmas, superando e vencendo obstáculos. Quando estou pedalando, assuntos de trabalho, estresse e outros problemas parecem dar uma trégua, a sensação de liberdade é muito grande. Gosto de deixar minha vida mais simples e agradável. É engraçado como nossas escolhas influenciam nossa vida. Eu andava desanimada com algumas coisas, principalmente com meu sobrepeso, e hoje pedalo quase todas as noites. Quanto mais pedalo, mais quero. Com isto, junto com o desânimo se foram mais de 20 kg. Gosto de sair sem destino, sem hora para voltar, e retorno com uma vontade de dar meia volta e iniciar outra vez”.Como quase toda criança, Soninha Gonçalves, de Brasília – DF, adorava andar de bicicleta. Apesar de não ter condições de possuir uma, ela corria para a casa dos primos que tinham bike para poder dar uma voltinha. Até que, já na adolescência, comprou uma Caloi 10. Ela ama trilhas, apesar de há tempos não frequentá-las por falta de tempo; também já fez cicloturimo pela Estrada Real.
. Mas o principal uso que faz da bicicleta é como meio de transporte. Soninha afirma que “pedalar em Brasília hoje é como praticar um esporte de risco, pois o trânsito tem feito muitas vítimas fatais. Mas tendo bastante cuidado, vou em frente. Pedalo mais ou menos 40 km por dia como forma de locomoção na cidade. Toda manhã, às 5 h 40 min, lá estou eu nas ruas a caminho do trabalho. A bicicleta, além de meio de transporte, é uma grande fonte de saúde, energia e entretenimento, um verdadeiro canal para novas amizades”.
. Soninha, Queli, Lindaberg, Simone, Luciane, Metoniza, Daiane, Maria e Rafaela representam milhares de mulheres que, em meio às ocupações profissionais, afazeres de casa e compromissos familiares, ainda reservam um tempo para pedalar. Elas fazem parte de uma nova leva de mulheres ciclistas que estão invadindo as trilhas ou utilizando a bicicleta de alguma forma no dia a dia. E é através de mulheres como elas que a bicicleta continua sendo uma agente de mudança cultural, redefinindo as convenções de feminilidade e buscando, entre uma cisma e outra, endossar a igualdade entre os gêneros.

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Fonte:http://www.revistabicicleta.com.br/bicicleta.php?elas_estao_invadindo_as_trilhas&id=4591

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