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. Foi uma noite épica pra quem curte velocidade e adrenalina.
. A prova teve como cenário nada menos do que todo o charme do Maracanã e participaram quase 70 malucos aficionados pela cultura urbana das fixed gears, elas que além de lindas são super simples e absurdamente velozes.
. Marcaram presença no evento equipes de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Brasília, São José dos Campos, Porto Alegre, Espírito Santo, além de ciclistas do Chile, Escócia e Inglaterra. Num total de 21 inscritos na 'Categoria Masculina 1', 35 na 'Categoria Masculina 2' e 11 meninas na Categoria Feminina.
. O circuito tinha 1.8km/volta e algumas curvas. Para as meninas era permitido o uso do freio, para os meninos o freio era proibido e recomendado o uso de guidão drop. Era obrigatório o uso do capacete para ambos.
. A competição começou com a categoria feminina. "Foi muito emocionante, a Carina (SP) na frente liderando as 5 voltas e na última a Bibi (RJ) e Stephani (RJ) vieram voando e ultrapassaram. Foram no total 6 voltas e uma distância de 10.8km". Relatou para o Bike é Legal, Ciro Lupo, que ajudou a organizar a prova junto com toda a galera do RJFG, entre eles, Alex Bueno, Bernardo Falcão, Claudio Brandão e Thainan Castro.
"Na sequência rolou a Categoria Masculina 2, com 10 voltas e uma distância total de 18km. Largaram mais de trinta competidores e só 13 completaram. O resto ficou pelo caminho, a cada volta os pelotões eram menores. O primeiro pelotão estava enorme e foi liderado a prova inteira pelo Jean (SP) e Suryan (RJ), um fazendo a proteção do outro, mas o pneu do Suryan estourou, ambos cairam e o Lucas(RJ) ultrapassou bem no final, foi demais!".
"A Categoria Masculina '1', foi INSANA. O pelotão principal se formou com quatro ciclistas que estiveram à frente a prova inteira. Foram 14 voltas, uma distância de 25km e velocidade média de 40km/h! Waldo era o chileno favorito, mas quem levou no final foi o Diego, o único representante de Curitiba/PR, com muita técnica, estratégia e habilidade", disse Ciro.. Na linha de chegada ainda teve acidente com o segundo pelotão que chegou com uma diferença de quase 3 minutos e vazou o cerco de proteção, mas sem gravidade. Veja nesse vídeo.
Emoção Total
. O formato Criterium é reconhecido pela UCI (União Internacional de Ciclismo) desde a década de 80, mas era originalmente uma prova de speed. O formato foi incorporado pelas fixas que agregaram ainda a cultura do street art, ambientes suburbanos, degradados e até com realização de corridas ilegais.
. As provas mais conhecidas atualmente são Red Hook e WolfPack Hustle. A primeira rola todos os anos em Nova York, Barcelona e Milão, é super bem organizada e tem inscrições prévias. Já a segunda acontece em Los Angeles e começou reunindo ciclistas na madrugada para aproveitar o circuito fechado da tradicional maratona de LA, um dia antes dela acontecer. Com pouca organização e sem inscrições prévias, hoje o WolfPack reúne mais de 5000 ciclistas o que, inclusive, tem sido um problema considerando a baixa infraestrutura utilizada.
. O tesão do Critério é justamente a mistura entre a técnica sobre a bike, experiência de rua (já que os circuitos são curtos, intensos e com muitas curvas), capacidade de arrancada, habilidade de andar em grupo e, claro, muito fôlego.
. Aqui no Brasil já tivemos provas similares em São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, onde a cultura das bicicletas de roda fixa (e dos bike messengers) vem crescendo vertiginosamente. Mas no Rio de Janeiro foi a primeira vez que o Critério Fixed aconteceu no formato de circuito inteiramente fechado, sem interferência de carros nem pessoas, apoio da Prefeitura, Federação de Ciclismo, da Pedal2 e da FIFA (!!!!!) e com a presença importantíssima de duas ambulâncias e equipes de socorristas.
. Competições assim são super legais e viraram tendência mundial. Elas dão visibilidade às várias possibilidades incríveis da bicicleta e ajudam a disseminá-la, inclusive, como um meio de transporte eficiente já que muitos dos participantes são pessoas "normais", com rotinas nada atléticas nem necessariamente saudáveis, mas que fazem dos seus trajetos diários o motivo perfeito para aperfeiçoar seu condicionamento físico e ganhar malícia de rua - característica indispensável para sobreviver ao trânsito caótico das grandes cidades.
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Ps.: Um agradecimento super super super especial ao Albert Pellegrini, meu consultor particular sobre absolutamente tudo que envolve a cultura da bicicleta no Brasil e no mundo. Você é o cara!
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Fonte: http://espn.uol.com.br
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