
--_Inicialmente, Clemildes estava empolgada com a recuperação. Existia até a possibilidade de ela deixar o hospital na próxima semana. Agora, a situação mudou.
“Muitas pessoas são maldosas, respeitam mais os animais do que a gente. O acidente ocorreu em um local perigoso, uma curva fechada, em que eu já tinha corrido riscos. Entrei na rodovia pelo canto, mas vinha um carro em alta velocidade pelo acostamento. Não me lembro da batida exatamente, pois fiquei inconsciente depois da queda. Quando vi, eu já estava no chão, com vários cortes. Agradeço muito a Deus por não ter perdido nenhum membro, por exemplo, como já ocorreu com outros ciclistas. Tive medo de não competir mais”, revela Clemilda, em entrevista à "TV Anhanguera".
--_Segundo a ciclista, brasileira melhor colocada
no ranking mundial da União Ciclística Internacional (UCI), o incidente
só ocorreu por conta da falta de estrutura do esporte no país.
“Estou muito triste. Sou uma atleta olímpica, com grandes resultados acumulados nos últimos anos, mas não sou tratada com o menor respeito. Não temos lugar para treinar. Eu estava na rodovia porque não tinha outra opção. Esta é minha profissão. Não acho que seja tão difícil que o Governo construa uma ciclovia ou um velódromo para nós. É só isso que eu peço, mas a espera já é longa”, reclamou.--_Por conta do acidente, Clemilda não poderá disputar a Copa do Mundo de Ciclismo, disputada na Itália no final deste mês. Caso esteja recuperada, o seu retorno pode acontecer no Pan-Americano do México, em maio.
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Fonte: O POVO online