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Ciclismo oferece quatro modalidades principais; confira as diferenças entre elas

A bicicleta do modo que conhecemos, com pedais ligados ao quadro e impulsionando a roda traseira por meio de uma corrente, teve suas primeiras aparições na segunda metade do século XIX. Até chegar ao formato atual, no entanto, o veículo passou por muitas modificações para que a mobilidade melhorasse. Desde o material utilizado, ao tipo de pneu e até o posicionamento do banco, tudo foi sendo aperfeiçoado com o tempo.
No ciclismo esportivo, a situação é parecida. Há diferentes tipos de modalidade e, para cada uma delas, há um tipo específico de equipamento — eles ajudam a melhorar a performance de quem comanda a “magrela”. Todos os praticantes são ciclistas. Mas enquanto uns fazem uso de bicicletas utilizadas para enfrentar terrenos cheios de pedras, elevações, alguns até arenosos, outros circulam exclusivamente em pisos de madeira corrida, sem desníveis ou mudanças de relevo.
Em 2012, todos os estilos estiveram presentes nos Jogos Olímpicos de Londres, na Inglaterra. Com suas diferenças, cada um tem suas características de disputa. Uma matéria do "O Correio Basiliense" traz o que diferencia as modalidades.
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Mountain bike - Trabalho pesado
Robustas, com amortecedores e pneus mais largos e com cravos: assim são as bicicletas usadas no mountain bike. Com quadros feitos de alumínio, carbono ou ligas leves, a magrela precisa ser macia para aguentar os trancos existentes nas trilhas sem repassá-los para o ciclista. No programa olímpico, apenas o cross country aparece entre as provas. Desde 1996, praticantes do MTB disputam medalhas em terrenos difíceis de se trafegar. Agilidade na direção, equilíbrio e velocidade devem ser aliados para alcançar a glória no esporte.
Fora das olimpíadas, porém, há outras disputas, como o
downhill e o 4-cross. A mais veloz da categoria é o downhill — prova em que o ciclista desce caminhos tortuosos em alta velocidade. No percurso, curvas desafiadoras, chão de terra, pedra ou cascalho e algumas lombadas fazem a bicicleta saltar. Alguns campeonatos ainda acentuam a emoção e colocam os competidores para descerem montanhas mais íngremes que os percursos do downhill tradicional — os chamados ultimate.
Nino Schurter não vê rivais à altura no cross country. Em 2012, nas sete etapas da Copa do Mundo, Schurter conquistou quatro títulos e um vice-campeonato. Além disso, ainda foi campeão mundial e faturou a prata em Londres.No
downhill, a juventude se rende à experiência de Greg Minaar. Aos 31 anos, o sul-africano dominou as descidas tanto no mundial quanto na Copa do Mundo.
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Estrada - Desafio à resistência
As provas mais tradicionais do ciclismo são em estrada. Aqui, a bicicleta pode ser chamada, sem exageros, de magrela. Quadro fino e aerodinâmico, pneus lisos e estreitos deixam a silhueta “fininha” e o peso bem baixo para causar menos desgaste nos atletas durante as grandes distâncias percorridas. As provas mais famosas são o Tour de France, o Giro D’Itália e La Vuelta, na Espanha. Todas elas, com uma mistura de trechos de velocidade e de montanha — quando os ciclistas encaram subidas intermináveis e têm o condicionamento posto à prova. Além das competições de resistência, há também as contrarrelógio, corrida em que os ciclistas largam a cada dois minutos e percorrem o trecho sozinhos. Quem fizer o menor tempo, vence.
A modalidade teve domínio de Lance Armstrong no começo da última década, mas o norte-americano foi banido do esporte e perdeu as conquistas por se envolver em um escândalo de doping. O esporte pode até ter ficado manchado, mas ainda sobrevive e teve, recentemente, um brasileiro entre os tops na Volta de San Luís, na Argentina. Alex Diniz, de São José dos Campos, terminou a prova em terceiro, à frente do espanhol Alberto Contador.
Bradley Wiggis tornou-se, em 2012, o primeiro britânico a vencer o Tour de France, a prova mais famosa da modalidade. Ao contrário do homem que mais venceu o Tour (o norte-americano Louis Armstrong), o inglêrs garantiu que foi uma conquista limpa, sem doping. Com quatro medalhas de ouro olímpicas — uma em Londres (para delírio do público inglês), uma em Pequim e duas em Atenas — Wiggins é hoje favorito em qualquer corrida de estrada que participa.
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Pista - Mestres da velocidade
Nesta modalidade, as bicicletas se parecem com as usadas nas estradas, mas não possuem marchas ou freios, e também não há catracas. Assim, enquanto está em movimento, o ciclista precisa pedalar. Para frear, o atleta reduz o ritmo até parar o veículo. Mesmo sem esse “luxo”, a magrela dos velódromos proporciona as maiores velocidades dentro do esporte. As provas são realizadas em pisos de madeira e, impulsionada pelos atletas, a velocidade pode superar os 70km/h.
Entre as modalidades, é a que mais tem categorias, 15 no total. Embora o ciclismo seja considerado um esporte individual, a pista tem muitas disputas por equipe. Os integrantes dos times geralmente se revezam na frente do pelotão para cortar o vento e poupar os outros. Na última Olimpíada, os britânicos se destacaram. Ao todo, ganharam sete medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze.
Lasse Norman Hansen e Chris Hoy são hoje os grandes nomes do ciclismo de pista, mesmo sendo uma modalidade com muitas disputas por equipe. No omnium — prova em que envolve vários tipos de disputa —, o dinamarquês Hansen é o nome a ser batido. Apesar de não ter competido desde os Jogos Olímpicos, quando ganhou a medalha de ouro, ainda permanece na terceira posição do ranking mundial. No keirin — prova em que os ciclistas são “puxados” por uma bibicleta elétrica —, o nome da hora é o escocês Hoy, bicampeão olímpico de 37 anos.
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BMX - Perfeito para manobras
São as menores bicicletas do ciclismo, porém, as mais ágeis também. Com aros de 20 ou 24 polegadas, não têm marchas e são feitas para que o ciclista tenha facilidade de fazer manobras enquanto supera os obstáculos da pista. A prova é disputada em um trecho de 450m, com rampas de todos os tamanhos e curvas fechadas onde, geralmente, os “pegas” mais acirrados terminam em tombo. Além de pedalar com rapidez, o atleta precisa saber usar bem os saltos e aterrissagens para não perder
velocidade. A modalidade está desde os Jogos de 2008, em Pequim, no programa olímpico.
Sam Willoughby, garoto australiano de apenas 21 anos, pode ser considerado a fera do BMX no momento. Ele é simplesmente o atual campeão mundial e medalha de prata olímpico da modalidade — em 2012, foi superado, em Londres, pelo letão Maris Stromberg —, o que lhe garantiu a liderança do ranking.
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