Tour: «Não espero que me recebam com rosas», diz Lance Armstrong

- -_O início do Tour, no próximo sábado, volta a colocar Lance Armstrong no centro das atenções. O ciclista norte-americano, sete vezes vencedor da prova, parece ter enterrado o machado de guerra com a agência de controlo antidoping, AFLD, com a qual tem mantido ao longo dos tempos um relacionamento muito conflituoso. O clima de paz foi oficializado pelas declarações de Pierre Bordry, presidente daquele organismo, que garantiu igualdade de tratamento para Armstrong e os restantes ciclistas: «Estamos a falar de um grande desportista, que nesse sentido não é um ciclista como qualquer outro. Mas será tratado como tal nas questões da luta contra o doping», sublinhou o dirigente.
- -_A popularidade de Armstrong em França tem sido condicionada pelas suspeitas em relação tema, algo que o ciclista se mostra preparado para enfrentar: «Não espero que me recebam com rosas, creio que haverá uma divisão porque ganhei sete vezes por isso é lógico que façam perguntas», reconheceu ao mesmo tempo que considerou infundadas as suspeitas de doping. «O que é suspeito são os corredores que vêm de lado nenhum, ganham e desaparecem», acusou Armstrong. «As suspeitas começaram em 1999, se me tivesse dopado e depois tivesse deixado de o fazer por medo vocês tinham notado, mas fui sendo o melhor», concluiu o corredor.
- -_Armstrong tem 38 anos e regressa ao Tour depois da vitória de 2005, a sétima da carreira e um recorde na história da competição. Depois de três anos de ausência, no entanto, o heptacampeão admite que o seu companheiro de equipe, Alberto Contador, é «o melhor escalador do mundo» apesar de «ser demasiado nervoso».
- -_O «El Pistolero» e Lance Armstrong fazem parte da mesma equipa, a cazaque Astana onde corre também Sérgio Paulinho. O norte-americano admite que se colocará ao serviço do corredor espanhol se «ele provar ser mais forte». «Não terei nenhum problema, é essa a tradição do ciclismo», assegurou Armstrong. «A corrida decidirá a nossa estratégia, há que ser leal e trabalhar para quem está em posição de ganhar», acrescentou ainda o texano.
- -_Armstrong vai-se defendendo das expectativas dizendo que não se sente como em anos anteriores. «Não é como antes, em 2005, 2005 ou até 2001 quando vinha estava confiante que ia ganhar», disse o hepta-campeão, «agora a confiança não é a mesma, mas sinto-me bem». «Estou como em 2003, quando ganhei por muito pouco», sintetizou Armstrong.
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Fonte: IOL Diário - http://diario.iol.pt
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