
- -_Para o ciclista, as últimas acusações são apenas “mais um exemplo do comportamento impróprio do laboratório francês”. “Não tentei evitar ou retardar o controle”, garantiu o ciclista, lembrando que este foi o 24.º teste surpresa a que foi sujeito desde que anunciou o regresso ao ciclismo, no Outono passado, após três anos e meio de ausência. “Os primeiros 23 decorreram sem problemas e todos deram negativo. Este 24.º teste, que incluiu análises de urina, sangue e de uma quantidade substancial do meu cabelo, também deu negativo”, sublinhou Armstrong.
- -_A coleta de cabelo ainda não faz parte das recomendações da Agência Mundial Antidopagem: “Há vantagens, como algumas substâncias podem ser detectáveis por mais tempo no cabelo, mas também há desvantagens, como não se poder detectar se a produção de determinadas substâncias é exógena ou endógena”, aponta Luís Horta, explicando as razões de não haver “certezas absolutas” sobre este método, o que também foi visto por Armstrong mais como uma afronta das autoridades francesas.
- -_Em 2005, o L’Equipe noticiou que amostras de urina de Armstrong de 1999 continham vestígios de eritropoietina, uma substância proibida. O americano, porém, nunca negou nenhum teste e foi ilibado por uma investigação de um perito holandês nomeado pela UCI. A AFLD chegou a desafiar Armstrong para serem feitos novos testes às amostras de 1999, mas o texano recusou, alegando que estas podem ter sido contaminadas.
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- -_Porquê a norma?
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- -_A partir do momento em que são notificados presencialmente pelo médico ou analista que efetua o controle antidoping, os atletas não podem deixar de estar sob observação direta até ao final do teste. Esta regra faz parte dos procedimentos internacionais, porque bastam poucos minutos “para recorrer à manipulação”, explica Luís Horta, diretor do Laboratório de Análises de Dopagem (LAD). Dando o exemplo de “um caso recente em Portugal” [o ciclista João Cabreira], Luís Horta refere que substâncias como as proteases podem ser colocadas na uretra: “As proteases são enzimas que destroem as proteínas. Como a EPO (eritropoietina) que é uma proteína, bastam esses pozinhos para manipular o teste”
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Fonte: Publico.pt - http://desporto.publico.clix.pt
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