Tirreno-Adriático faz 60 anos e aposta em escalada inédita

Mazobikers

Prova de 10 a 16 de março, com largada com uma crono no Lido di Camaiore, terá etapa rainha com chegada ao alto em Frontignano.

Mapa das etapas da Tirreno-Adriático 2025

   A Tirreno-Adriático comemora sua 60ª edição em 2025. Um aniversário importante para a Corsa dei Due Mari, que terá largada no Lido di Camaiore no dia 10 de março com um contrarrelógio e a grande final em San Benedetto del Tronto no dia 16, com uma etapa de estrada. Nesta edição há uma chegada em subida inédita em Frontignano, que pode decidir o destino da Maglia Azzurra final.
   A prova em sete etapas vai percorrer 1.130 km e conta com 14.610 metros de desnível total. A longa jornada pelo centro da Itália passa por cinco regiões e apresenta a mistura habitual de etapas para velocistas e desafios para escaladores.
   A Tirreno-Adriático Crédit Agricole contou muitas histórias de campeões nesta longa jornada que começou em 1966 e nunca parou. Itália e Bélgica dividiram as primeiras edições da Corrida dos Dois Mares, que de 1972 a 1977 viu Roger De Vlaeminck subir ao degrau mais alto do pódio seis vezes consecutivas. “Monsieur Roubaix”, além de detentor do recorde de vitórias na classificação geral, é também o ciclista com mais vitórias em etapas: 15, contra 11 de Oscar Freire.
   Atrás do belga, com duas vitórias na classificação geral, encontramos Giuseppe Saronni (1978, 1982); Francisco Moser (1980, 1981), Rolf Sørensen (1987, 1992), Tony Rominger (1989, 1990), Vincenzo Nibali (2012, 2013), Nairo Quintana (2015, 2017), Primož Roglič (2019, 2023) e Tadej Pogačar (2021 e 2022).
   A disputa abre com um contrarrelógio individual perfeitamente plano, composto por dois setores praticamente retos que vão e voltam ao longo das orlas marítimas de Camaiore e Viareggio, com apenas algumas curvas de conexão e o “ponto de virada”. Retorno no km 5,4 em Viareggio, onde o tempo intermediário é registrado. Próximo retorno direto para Lido di Camaiore, onde uma curva em S leva ao último quilômetro, em uma longa reta.

Altimetria da etapa 6, com chegada inédita

A etapa rainha, no penúltimo dia, tem chegada em subida depois de um trajeto que explora os vales da região de Marche com subidas e descidas contínuas na primeira parte, intercaladas com algumas subidas importantes, como Crispiero e o Valico delle Arette (depois de escalar o Santuário de Macereto). Na última parte, passa por Ussita, Visso e Castelsantangelo sul Nera para enfrentar a subida final. Os últimos km são compostos pela subida até Frontignano, com cerca de 8 km com trechos longos acima de 10% principalmente na primeira parte. Perto do último quilômetro as inclinações diminuem ligeiramente.