Leblanc, que dirigiu a Volta à França entre 1989 e 2005, disse ainda que a popularidade da prova a nível mundial só é superada pelos Jogos Olímpicos.
--_O antigo diretor da Volta à França, Jean-Marie Leblanc, disse hoje
que o “Tour” é como uma "locomotiva" para o ciclismo naquele país, onde
não existem, atualmente, grandes referências individuais da modalidade.
--_Intervindo durante o Congresso Internacional de Ciclismo - Pistas
para o Futuro, que hoje termina em Anadia, Jean-Marie Leblanc analisou o
papel da prova enquanto dinamizadora do ciclismo esportivo e do
ciclismo em geral.
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>> "É como uma locomotiva para o ciclismo", afirmou o francês, de 67
anos, que chegou a disputar a Volta a Portugal nos anos 70, antes de
abraçar, durante 12 anos, a carreira de jornalista.
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--_Leblanc, que dirigiu a Volta à França entre 1989 e 2005, disse
ainda que a popularidade da prova a nível mundial só é superada pelos
Jogos Olímpicos e Copa do Mundo de Futebol e que, anualmente, o “Tour” é
seguido em 180 países.
--_Fez o paralelo do ciclismo com o tenis, lembrando que depois da
vitória de Yannick Noah em Roland Garros (1983) o tênis desenvolveu-se
em França.
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>> "Nós não temos, atualmente, grandes campeões [de ciclismo], mas
temos o ‘Tour’. Para causar impacto nos mais jovens são precisos ou
grandes campeões ou grandes provas", frisou, lembrando que a última
vitória de um francês no "Tour" data de 1985, por Bernard Hinault, cinco
vezes vencedor da competição.
A esse propósito, considerou, também, que o ciclismo "um desporto
difícil, exigente, de trabalho e coragem" tem nos dias de hoje a
concorrência, junto dos mais jovens, de outros desportos "eventualmente
mais atrativos ou divertidos»", disse.
>> "as com o desenvolvimento das bicicletas, das equipas, de marcas
de capacetes e de óculos, o ciclismo já não é visto como um desporto
antigo. É um desporto moderno que pode seduzir os jovens", frisou.
Disse ainda que o ciclismo e, particularmente, a Volta a França é
um "espetáculo magnífico e gratuito" e uma "festa" que seduz públicos de
todas as idades e origens sociais, do agricultor ao topo da classe
política.
Jean-Marie Leblanc considerou, também, que, no futuro, o ‘Tour’
enfrenta como principais perigos e desafios o eventual uso de
substâncias ilícitas (doping) e o própria estrutura "gigante" da
competição.
"Se o ‘Tour’ crescer muito não poderá ir às pequenas vilas. Mas não
poderá sobreviver só com grandes cidades, tem de manter uma dimensão
que lhe permita atravessar pequenas vilas", frisou.
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Fonte: SAPO Desporto
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