A Vuelta a España, principal competição de ciclismo realizada no país, voltou a ser marcada por protestos pró-Palestina. Ativistas têm contestado diariamente a presença da equipe Israel-Premier Tech, financiada pelo bilionário israelo-canadense Sylvan Adams, conhecido por seu apoio às políticas do governo de Benjamin Netanyahu em relação à Faixa de Gaza.
    Os protestos começaram a se intensificar a partir da quinta etapa da prova e, em várias ocasiões, obrigaram a organização a neutralizar os tempos de chegada antes da linha de meta, a fim de preservar a segurança dos ciclistas. Durante a mais recente manifestação, dois ativistas foram detidos, e a polícia espanhola reforçou ainda mais a segurança em todo o percurso. Estima-se que cerca de 1.500 agentes estejam destacados para as etapas finais.
    A polêmica em torno da Israel-Premier Tech também levou a pedidos, por parte da organização, para que a equipe se retirasse da competição, algo que foi recusado. Para reduzir as tensões, o time chegou a correr por alguns dias sem a bandeira e a menção a Israel no uniforme, mas, posteriormente, o símbolo voltou a ser exibido. Curiosamente, a equipe não conta atualmente com nenhum ciclista israelense em sua formação.
    Diante das críticas e visando evitar novos episódios, a Israel-Premier Tech anunciou que nas próximas competições internacionais, como os Grandes Prêmios de Québec e Montreal, no Canadá, passará a adotar apenas a sigla IPT em seus equipamentos e comunicações oficiais.
    A Vuelta, que termina em 14 de setembro, em Madrid, segue com forte aparato de segurança. Dentro das estradas, apesar da tensão extraciclística, a disputa continua intensa. O dinamarquês Jonas Vingegaard, bicampeão do Tour de France, lidera a classificação geral até o momento e aparece como favorito ao título.
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Fonte: https://www.rfi.fr/pt/desporto/20250912-vuelta-interrompida-novamente-por-protestos-e-dois-manifestantes-foram-detidos