A despedida em casa
Aos 39 anos, Schurter escolheu a etapa suíça como palco de sua despedida, em um circuito que sempre teve significado especial. Foi ali que ele conquistou vitórias memoráveis e também um de seus títulos mais emblemáticos, o Mundial de 2018, quando ergueu a camisa arco-íris diante de familiares e amigos.No último domingo, o multicampeão completou a prova em 24.º lugar, resultado que pouco importou frente ao simbolismo do momento. O público lotou o circuito para homenagear o ídolo, que recebeu aplausos incessantes do início ao fim. A vitória ficou com o sul-africano Alan Hatherly, mas todos os holofotes estavam sobre o suíço, que, emocionado, agradeceu à torcida e à equipe Scott, parceira de toda a carreira.
Uma trajetória sem paralelos
Com mais de duas décadas na elite, Nino Schurter construiu números que dificilmente serão superados:- 10 títulos mundiais de XCO
- 36 vitórias em etapas da Copa do Mundo
- 9 títulos gerais da Copa do Mundo
- Três medalhas olímpicas: ouro no Rio 2016, prata em Londres 2012 e bronze em Pequim 2008
Um adeus celebrado
A despedida em Lenzerheide foi muito mais do que o encerramento de uma carreira: foi uma celebração. A organização, colegas de pelotão e fãs se uniram para prestar tributo a um atleta que transcendeu o esporte. Até mesmo sua bicicleta ganhou uma edição especial, a Scott Spark RC X N1NO, desenvolvida exclusivamente para sua última corrida de Copa do Mundo.Agora, Schurter deixa as pistas com um legado inestimável, inspirando gerações futuras de ciclistas. Seu nome, já eternizado no hall dos maiores do esporte, seguirá associado ao auge do mountain bike competitivo.
“Não é sobre o último resultado, é sobre toda a jornada. Foi incrível”, resumiu Nino após cruzar a linha de chegada em Lenzerheide.
Fontes: CyclingNews, CyclingWeekly, Brujulabike, Pedal.com.br, Bike aos Pedaços

