A Itália deixou sua marca na história da La Vuelta. Os italianos garantiram 187 vitórias de etapas no tour espanhol, tornando a Itália a terceira nação com mais vitórias de etapas, depois da Espanha e da Bélgica. Quanto à classificação geral, seis italianos conquistaram a vitória: Fabio Aru (2015), Vincenzo Nibali (2010), Marco Giovannetti (1990), Giovanni Battaglin (1981), Felice Gimondi (1968) e Angelo Conterno (1956).
Além da Itália, a Volta a Espanha 2025 vai passar também pela França e pelo principado de Andorra.
A edição de 2025 a marcará a sexta vez que a corrida começa no exterior e a primeira que começa na Itália, depois de Lisboa (Portugal, em 1997), Assen (Países Baixos, em 2009), Nîmes (França, em 2017), Utrecht (Países Baixos, em 2022) e Lisboa-Oeiras-Cascais (Portugal, em 2024). A isto se soma a já anunciada saída oficial de Mônaco em 2026.
A competição terá quatro etapas planas (uma com final ao alto, na segunda etapa, em Limone, na Itália), seis etapas de média montanha, cinco etapas de montanha, uma crono por equipes, um contrarrelógio individual, três etapas de relevo ondulado com chegada ao alto e dois dias de descanso.
 |
| O esloveno Primoz Roglic na Volta a Espanha de 2024 |
O esloveno Primož Roglič (Red Bull–Bora–Hansgrohe), campeão em 2024, tem quatro vitórias e igualou o recorde de do espanhol Roberto Heras.
ETAPAS E ALTIMETRIAS
ETAPA 1 – Torino (Reggia de Venara) – Novara
A etapa inicial de 186km com 1.337 metros de altimetria total inclui uma subida de terceira categoria que vai decidir o primeiro ciclista a vestir a camisa de montanha. A chegada deverá ser em sprint, com ritmo intenso nos quilômetros finais para a conquista da primeira camisa vermelha de líder geral. |
| Prova começa com etapa em linha de 186km de Torino a Novara |
ETAPA 2 – Alba – Limone
O pelotão continua em solo italiano e encara a primeira chegada ao alto. Serão 159,6km com 1.884 metros de ascensão total. Apesar de majoritariamente plano, o percurso tem subidas no final, com 10km a 5% de inclinação em direção à estação de esqui em Limone e que deve apontar um novo líder da classificação geral. |
| No segundo dia o pelotão enfrenta a primeira chegada ao alto na estação de esqui de Limone (Itália) |
ETAPA 3 – San Maurizio Canavese – Ceres
Ainda na Itália, a terceira jornada é curta e ondulada com 134,6km e 1.996 metros de altimetria. A subida de segunda categoria no KM 60 vai facilitar a formação da fuga do dia e os ciclistas que perderam tempo nos primeiros dias poderão ser destaque. O trecho final é íngreme, limitando as opções para os velocistas puros em favor de ciclistas mais versáteis. |
| O pelotão continua na Itália no terceiro dia |
ETAPA 4 – Susa ( Itália) – Voiron (França)
Outra etapa de média montanha com 206,7km e 2.919 metros de ascensão total, com largada na Itália e chegada na França. A primeira metade será a mais difícil, com as subidas para Montgenèvre e Lautaret proporcionando uma ótima oportunidade para lutar pela camisa de montanha. A parte final, com relevo mais favorável, pode permitir que equipes com ciclistas mais rápidos se reagrupem, controlem a corrida e lutem pela vitória na etapa. |
| Etapa começa em Susa (Itália) e termina em Voiron, na França |
ETAPA 5 – Figueres – TTT
A corrida chega à Espanha, mais precisamente na região da Catalunha, para uma crono por equipes em um percurso de 24,1km bastante plano com apenas 86 metros de altimetria. O trajeto veloz que vai testar a coordenação das equipes num trajeto altamente favorável para quem luta pelo título geral. |
| Na quinta etapa o pelotão chega na região da Catalunha, na Espanha, para uma crono por equipes |
ETAPA 6 – Olot – Pal Andorra
A corrida visita o principado de Andorra na primeira etapa de montanha com 171km e 3.475 metros de altimetria total. As subidas a Santigosa e Tosses servirão para formar a fuga do dia antes do pelotão entrar em Andorra e escalar a Comella. As equipes fortes o suficiente para controlar a corrida serão conhecidas na subida final a Pal, que compartilha os primeiros quilômetros com a subida a Arinsal, onde Remco Evenepoel venceu em 2023. |
| Sexta etapa tem largada no Principado de Andorra |
ETAPA 7 – Andorra La Vella – Cerler (Huesca La Magia)
Mais uma etapa de montanha com 187km e 4.211 metros de altimetria e chegada ao alto, já nos Pirineus. O Coll del Cantó, subida de primeira categoria, servirá para a formação da fuga do dia antes de enfrentar duas subidas de segunda categoria. A chegada ao cume será mais difícil do que a etapa anterior, com os primeiros quilômetros até a vila de Cerler, onde o maior desafio se concentra na primeira parte da subida. |
| Na sétima etapa a chegada será ao alto nos Pirineus |
ETAPA 8 – Monzon Templário – Zaragoza
Com 158km e 1.236 metros de altimetria acumulada, a etapa será uma das poucas oportunidades para os velocistas. A caminho de Zaragoza, uma fuga pode ser o foco principal antes que as equipes dos velocistas decidam aumentar o ritmo para garantir no sprint final. |
| O oitavo dia da corrida é uma grande oportunidade para uma vitória dos velocistas |
ETAPA 9 – Alfaro – Estação de Esqui de Valdezcaray
A longa etapa de 195km com 3.311 metros de altimetria vai encerrar a primeira semana. O terreno plano pode favorecer a fuga do dia e permitir que os escapados abram uma vantagem suficiente para lutar pela vitória. Alguns favoritos à classificação geral podem tentar ganhar uma pequena vantagem na subida final em direção à estação de esqui de Valdezcaray. |
| Chegada ao alto na estação de esqui de Valdezcaray encerra a primeira semana da corrida |
ETAPA 10 – Parque da Natureza Sendaviva – El Ferial Larra Belagua
A cidade de Navarra retorna à La Vuelta com uma etapa ondulada de 168km e 3.082 metros de altimetria junto à fronteira com a França. A subida até Larra Belagua – que estreou na corrida em 2023 com Remco Evenepoel dando um show na fuga – voltará a ser o centro das atenções dois anos depois. A subida final decidirá o vencedor da etapa.
 |
| Segunda semana começa com mais uma etapa com chegada ao alto |
ETAPA 11 – Bilbao – Bilbao
A etapa de média montanha com 167km e 3.185 metros de altimetria será em terreno ondulado típico do País Basco. A primeira parte da etapa será um pouco mais fácil, com a parte mais difícil concentrada na reta final. O Balcón de Bizkaia e a subida dupla até Vivero serão determinantes na corrida antes de encarar a curta, porém difícil, subida até Pike Bidea, a poucos quilômetros da chegada. |
| Bilbao, no País Basco Espanhol, será sede da largada e da chegada da etapa de número 11 em terreno bastante acidentado |
ETAPA 12 – Laredo – Los Corrales de Buelna
A corrida chega na região da Cantábria, com outra etapa de média montanha de 143km com 2.293 metros de altimetria. Será uma jornada rápida e intensa. A subida até Alisas pode servir para formar a última fuga do dia e, na reta final, a difícil escalada até Collada de Brenes fará a seleção final. Os favoritos da classificação geral precisarão ter cuidado para não sobrar no cume, pois a parte final até a chegada será muito rápida. |
| Na região da Cantábria, o pelotão terá uma etapa rápida e intensa |
ETAPA 13 – Cabezón de la Sal – L’Angliru
Com 202km e 3.964 metros de ascensão total, a etapa mais longa da competição terá chegada ao alto no mítico L’Angliru. A primeira parte será paralela ao litoral antes de entrar na região das Astúrias, com as partes mais duras concentradas no final. La Mozqueta e El Cordal, subidas de primeira categoria, serão o prelúdio da subida final para o duríssimo Alto de L’Angliru. Enfrentar Cueña Les Cabres com quase 200 quilômetros de percurso será um verdadeiro teste para os favoritos, que, se tiverem um dia ruim, poderão se despedir da Vuelta. |
| Dia de escalar o mítico Angliru na etapa mais longa da prova, em mais um dia de chegada ao alto |
ETAPA 14 – Avilés (La Farrapona) – Lagos de Somiedo
Apesar de curta, com 135km e 3.805 metros de altimetria, a etapa será mais uma vez dura nas Astúrias. A fuga deverá ser formada por ciclistas fortes e bons escaladores com pretensões na classificação geral. A subida ao Alto de San Lorenzo aumentará o desafio antes da subida final para Farrapona, onde os favoritos poderão testar sua força. |
| Apesar de curta, a etapa será mais uma vez dura e com chegada ao alto em Farrapona |
ETAPA 15 – Veiga (Vegadeo) – Monforte de Lemos
A etapa de média montanha terá 167km com 3.287 metros de altimetria na região da Galícia, em terreno muito acidentado na totalidade da etapa. Embora as equipes de velocistas tentem controlar as subidas, as fugas ou algum ataque solitário nos quilômetros finais podem ter suas chances.
A etapa de média montanha terá 167km com 3.287 metros de altimetria na região da Galícia, em terreno muito acidentado na totalidade da etapa. Embora as equipes de velocistas tentem controlar as subidas, as fugas ou algum ataque solitário nos quilômetros finais podem ter suas chances.
 |
| A etapa de média montanha na Galícia poderá ter vitória da fuga e frustrar os velocistas |
ETAPA 16 – Poio – Mos. Castro de Herville
Depois de mais um descanso em Pontevedra, o pelotão encara 172km com 3.472 metros de altimetria acumulada em mais uma etapa de média montanha. A jornada tem quatro subidas de categoria e um terreno muito acidentado na segunda metade, o que torna muito difícil neutralizar a fuga do dia, se houver uma. |
| Depois do segundo dia de descanso o pelotão encara 172km com 3.472m de altimetria com quatro subidas categorizadas |
ETAPA 17 – Barco de Valdeorras – Alto de El Morredero
O pelotão terá pela frente 143km com 3.371 metros de altimetria em mais uma etapa de relevo ondulado de média montanha na divisa da Galíca com León. A distância menor favorece a fuga do dia e os os escaladores terão a chance de demonstrar sua força para o trecho final na última subida com chegada ao alto. |
| O pelotão terá pela frente 143km co chegada ao alto em Morredero (Ponferrada) |
ETAPA 18 – Valladolid – Valladolid
A crono individual a três dias da final em Madri terá 27,2km em um percurso de pouca altimetria. Especialistas em contrarrelógio podem ter vantagem sobre os escaladores, pois é um percurso tecnicamente fácil que percorre principalmente avenidas largas. |
| A crono individual de 27,2km em Valladolid será a 3 dias da grande final em Madri |
ETAPA 19 – Rueda – Guijuelo
A etapa de 159km é considerada plana, com 1.517 metros de altimetria na véspera da última etapa de montanha. Será a penúltima oportunidade para os velocistas, que terão que colocar suas equipes em ação para garantir uma chegada rápida. Uma grande fuga pode colocar o pelotão em apuros. |
| A etapa de 159km será a penúltima chance para os velocistas |
ETAPA 20 – Robledo de Chavela (Bola del Mundo) – Puerto de Navacerrada
A penúltima etapa é de montanha com 165,6km, 4.226 metros de altimetria e chegada ao alto a 2.251 metros sobre o nível do mar. A jornada é praticamente sem trechos planos, que contará com subidas históricas como a do Alto del León. A fuga poderá tentar a sorte na primeira subida do dia, La Escondida, para tentar a vitória na etapa. O passo de montanha de Navacerrada será a principal atração do dia, primeiro, no lado segoviano das “Sete Voltas” e, como subida final, o percurso de Becerril de la Sierra. A serra de Guadarrama deverá coroar o vencedor da Volta a Espanha 2025. |
| A chegada ao alto em Navacerrada vai definir o campeão da classificação geral |
ETAPA 21 – Alalpardo – Madri
A Volta a Espanha 2025 termina com uma etapa curta e plana de 101km, com apenas 917 metros de ascensão total. A capital espanhola mais uma vez recebe a grande final da corrida com um circuito na parte central da cidade. Será uma jornada triunfal para o líder da classificação geral e a última chance para os velocistas. |
| Como de costume, a Volta a Espanha termina em Madri, em uma etapa curta e plana de 101km |
AS ETAPAS
Etapa 1 – 23/08 – 186.1km Torino – Reggia di Venaria > NovaraEtapa 2 – 24/08 – 159.6km Alba > Limone Piemonte
Etapa 3 – 25/08 – 134.6km San Maurizio Canavese > Ceres
Etapa 4 – 26/08 – 206.7km Susa > Voiron
Etapa 5 – 27/08 – 24.1km Figueres > Figueres
Etapa 6 – 28/08 – 170.3km Olot > Pal. Andorra
Etapa 7 – 29/08 – 188km Andorra la Vella > Cerler.Huesca La Magia
Etapa 8 – 30/08 163.5km Monzón Templario > Zaragoza
Etapa 9 – 31/08 195.5km Alfaro > Estación de esquí de Valdezcaray
Descanso – 01/09 Pamplona
Etapa 10 – 02/09 175.3km Parque Sendaviva > El Ferial Larra Belagua
Etapa 11 – 03/09 157.4km Bilbao > Bilbao
Etapa 12 – 04/09 144.9km Laredo > Los Corrales de Buelna
Etapa 13 – 05/09 202.7km Cabezón de la Sal > L’Angliru
Etapa 14 – 06/09 135.9km Avilés > La Farrapona. Lagos de Somiedo
Etapa 15 – 07/09 167.8km A Veiga/Vegadeo > Monforte de Lemos
Descanso – 08/09 Pontevedra
Etapa 16 – 09/09 167.9km Poio > Mos. Castro de Herville
Etapa 17 – 10/09 143.2km O Barco de Valdeorras > Alto de El Morredero
Etapa 18 – 11/09 27.2km Valladolid > Valladolid
Etapa 19 – 12/09 161.9km Rueda > Guijuelo
Etapa 20 – 13/09 165.6km Robledo de Chavela > Puerto de Navacerrada
Etapa 21 – 14/09 111.6km Alalpardo > Madrid
Mais informações no site oficial https://www.lavuelta.es
-